APOIO AO ENSINO À PROGRAMAÇÃO PARA A COMUNIDADE SURDA

Autores

  • Montoya Cordeiro Martins
  • RENNAN FERREIRA DANTAS
  • Arnaldo Barreto Vila Nova

Resumo

Muitos alunos universitários enfrentam dificuldades nas disciplinas de programação, que normalmente têm altos índices de reprovação e evasão. Desde a aprendizagem inicial em programação estruturada, são presenciadas frequentes dificuldades de assimilação e abstração por parte dos alunos, principalmente os surdos. Diante disso, o desenvolvimento dos conceitos de lógica de programação e algoritmos nas escolas aparece como um meio de incentivar a prática de programação. Na Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Maria Eudes, o ensino em Lógica de Programação se inicia no primeiro ano do Ensino Médio. Durante as aulas, os alunos surdos acabam precisando aprender através de uma relação entre 3 idiomas: português, LIBRAS e linguagem de programação (PHP, Python, entre outras). Nesta situação, alguns conceitos acabam por se perder no caminho, necessitando uma busca pessoal do aluno por materiais escassos adaptados a sua realidade. Atento a esta situação, o presente trabalho tem por objetivo a criação de um material didático completo adaptado para a introdução dos conceitos de programação para alunos da comunidade surda. Por meio de vídeos produzidos em LIBRAS, os conceitos fundamentais de lógica matemática, algoritmos e programação serão apresentados e desenvolvidos, utilizando também questões resolvidas. O material abordará toda a ementa da Olimpíada Brasileira de Informática (OBI), da Modalidade de Programação, possibilitando a preparação dos alunos através de problemas lógicos utilizados em maratonas e desafios de programação. Por se tratar de uma competição voltada para alunos do Ensino Fundamental e Médio, a OBI desponta como uma ótima oportunidade para o desenvolvimento do raciocínio lógico e a iniciação em práticas de programação. Para os alunos surdos, no entanto, ainda se faz necessário o auxílio de um intérprete de LIBRAS a cargo da escola participante para que a prova da OBI possa ser realizada com mínimos prejuízos aos alunos. Ainda há muito que pode ser feito para a devida inclusão das pessoas com deficiências físicas no ambiente da programação. Assim, este projeto destaca-se como ação inovadora direcionada à formação profissional de alunos com deficiência auditiva, dentro dos parâmetros legais em prol de uma educação inclusiva de qualidade.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

Encontro de Extensão