ANÁLISE DAS DESISTÊNCIAS DE INGRESSANTES DE 2021 NOS CURSOS DE ENGENHARIA DA UFC, CRATEÚS

Autores

  • Tifanny de Sousa Souto
  • GILVANY GOMESANA CLARA ROSENDO DE SOUSA CARMINA MARIA GOMES DE ARAÚJO
  • Luana Viana Costa e Silva

Resumo

As dificuldades dos ingressantes no curso de Engenharia Ambiental e Sanitária (EAS) da UFC - Campus Crateús levaram à criação, em 2018, de um projeto do Programa de Apoio e Incentivo à Permanência (PAIP) chamado Projeto de Vida. Essa pesquisa, realizada no âmbito desse projeto, teve como objetivo comparar o quantitativo de desistentes dos cursos de Engenharia do campus, para que fossem detectadas semelhanças e diferenças e, assim, direcionar ações de gestão. Para isso, dados institucionais foram coletados, sistematizados e analisados. Depois, por troca de mensagens com os desistentes e por um formulário elaborado e aplicado de forma online com alguns discentes ( 1 calouro de cada turma e 3 veteranos com algum envolvimento com a turma), investigou-se quais as possíveis causas de desistência de EAS. No primeiro semestre de 2021, verificou-se que 25% (12 de 48) dos ingressantes no curso de EAS desistiram do curso, deles 66,7% (8 de 12) assinaram o termo formal. Em Engenharia de Minas, a desistência foi de 24% (12 de 50), sendo 66,7% (8 de 12) através do termo formal. Engenharia Civil teve 11,76% (6 de 51) de desistência, 50% (3 dos 6) pelo termo. Nesse período, o curso de EAS, em comparação ao ano de 2020, mesmo com o projeto, teve um aumento de 10,42% no total de desistências, sendo o único a apresentar acréscimo. O curso de Engenharia de Minas manteve a porcentagem de 24% e o curso de Engenharia Civil apresentou queda de 5,2%. As principais causas citadas pelos que assinaram o termo formal e pelos 9 desistentes que conversaram sobre o assunto com as bolsistas do Projeto de Vida por meio de aplicativos de mensagem, foram: falta de afinidade com o curso (27,59%, 4 dos desistentes ), ingresso em outra universidade (20,70%, 3 dos desistentes), falta de tempo por causa do trabalho (10,34%, 2 dos desistentes ), ingresso em outro curso em outro campus (10,34%, 2 dos desistentes), dificuldade com as disciplinas (10,34%, 2 dos desistentes), por problemas de saúde (6,89%, 2 dos desistentes), por falta de tempo para se dedicar (3,44%, 1 dos desistentes) e por conta do formato remoto (3,44%, 1 dos desistentes). Outros motivos, citados no formulário, que podem estar contribuindo para esta tomada de decisão: desânimo por conta do estudo remoto e método de ensino de professores. Os resultados parciais demonstram que o principal motivo de desistência na EAS ainda é a falta de afinidade com o curso, demonstrando a necessidade de aumentar as investidas de divulgação do curso na região. Se os demais cursos conseguiram preservar ou diminuir seus índices, isso pode ser um indicativo de que o principal motivador não foi a realidade pandêmica. Alguns dos motivos poderiam ter sido contornados, portanto, espera-se que este trabalho possa contribuir com ações de fortalecimento do curso na região e de ambientação, contribuindo com a melhoria nos índices de desistência.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

Encontro de Bolsistas do Programa de Acolhimento e Incentivo a Permanência