ANÁLISE DO ÍNDICE DE RENDIMENTO ACADÊMICO DOS INGRESSANTES UNIVERSITÁRIOS DAS TURMAS DAS ENGENHARIAS DO CAMPUS DA UFC EM CRATEÚS-CE.

Autores

  • Gilvany Gomes
  • TIFANNY DE SOUSA SOUTO ANA CLARA ROSENDO DE SOUSA CARMINA MARIA GOMES DE ARAÚJO
  • Luana Viana Costa e Silva

Resumo

As vivências e as experiências durante o primeiro período na universidade são determinantes para a permanência dos recém ingressantes. Existem vários fatores que podem influenciar no rendimento acadêmico destes. No âmbito do Projeto de vida, criado em 2018, no campus da UFC em Crateús – CE, este trabalho teve como objetivo comparar os índices de rendimento acadêmico das turmas de ingressantes dos cursos de engenharia do campus no primeiro semestre de curso, a fim de colaborar com o planejamento de ações pela gestão dos cursos. A coleta dos dados foi realizada através do SIGAA, com o auxílio da coordenadora do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária (EAS). Todos os dados foram sistematizados no software Excel, tendo como entradas: reprovação por falta, reprovação por nota e supressão/trancamento, curso (todas as engenharias do campus) e ano de ingresso (desde a criação dos cursos até 2021). Em seguida, convertidos para o formato de gráficos, no intuito de facilitar a análise posterior. Analisando-se todos os semestres de ingressantes, percebe-se um padrão em cada curso. Entretanto, no ano de 2020, comparando-se os gráficos de supressão/trancamento com os de anos anteriores, esse ficou com índices mais altos, como era de se esperar: EAS teve 8% de supressão nas turmas ingressantes, Engenharia Civil (EC) e Engenharia de Minas (EM) 27%. Já no gráfico de reprovação por nota, 2020, por conta da maior flexibilidade na supressão, principalmente, obteve uma queda em relação aos outros anos, EAS com apenas 12,2%, Civil 13,2% e Minas 15,8%. Confrontando-se os dados de supressão e reprovação por nota, pode-se considerar que EAS teve melhor rendimento, pois embora tenha obtido índice de reprovações similar aos outros cursos, a supressão foi bem menor. Em 2021, a desistência de EAS foi de 25%; de EC, 11,7%; e de EM, 24%, além do índice de rendimento ter decaído, em comparação aos demais anos. Dessa forma, verifica-se que a pandemia impactou na motivação, permanência e, principalmente, no rendimento dos calouros dos três cursos, o que tende a repercutir negativamente no decorrer da formação. Espera-se que este trabalho possa contribuir com ações de melhoria do processo ensino-aprendizagem dos cursos e, consequentemente, com o aumento nos índices de rendimento acadêmico no semestre de entrada, determinante para a persistência na universidade.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

Encontro de Bolsistas do Programa de Acolhimento e Incentivo a Permanência