ACOMETIMENTO RENAL NA SÍFILIS: REVISÃO DE LITERATURA

Autores

  • Suzzy Maria Carvalho Dantas
  • Geraldo Bezerra da Silva Júnior
  • Alice Maria Costa Martins
  • Eveline Campos Monteiro de Castro
  • Zilma Simas Macedo
  • Romelia Pinheiro Goncalves Lemes

Resumo

A sífilis é uma doença infecciosa ocasionada por uma bactéria espiroqueta denominada Treponema pallidum. No Brasil, em 2020, foram notificados 115.371 casos de sífilis adquirida, uma taxa de 54.5 casos/100.000 habitantes. O elevado número de casos tem compelido iniciativas governamentais na elaboração de estratégias de educação, prevenção, diagnóstico e tratamento. O comprometimento renal na sífilis é secundário e apresenta características heterogêneas seja do ponto de vista clínico como da fisiopatologia. Nesse contexto, o estudo teve como objetivo revisar e discutir o tema, levando em consideração os fatores relacionados à lesão renal na sífilis, bem como seus possíveis mecanismos e achados imunohistopatológicos. A nefropatia na sífilis tem sido associada na maioria dos casos a alterações glomerulares, como glomerulonefrite membranosa, glomeruloesclerose segmentar, glomerulonefrite por lesão mínima, glomerulonefrite pós-infecciosa com predomínio de depósitos IgA, glomerulonefrite rapidamente progressiva. Outras alterações renais têm sido descritas na sífilis, tais como a nefrite túbulointersticial, atrofia tubular, presença de massa renal, injúria renal aguda associada a rabdomiólise. Logo é de extrema importância a avaliação da função renal nos pacientes portadores de sífilis, desde a triagem diagnóstica, bem como no diagnóstico diferencial com disfunção renal sem etiologia definida.

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Publicado

2022-01-01

Edição

Seção

XV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação