Este artigo pretende analisar a constituição de elos identitários e de uma “comunidade de afeto” (Bitencourt, 2009) em torno do programa radiofônico Todos os Sentidos. Há oito anos no ar na Rádio Universitária FM 107,9, a emissão tem um formato diferente de outros programas veiculados na emissora. Ele é composto por entrevistas entremeadas por músicas e poemas e, por isso, se torna uma ferramenta importante de identificação do ouvinte. Discutimos a criação de uma rede de afetos em torno das irradiações do programa a partir da relação dialógica entre os ouvintes e o radialista, tendo a locução como central