Aspectos Psicológicos que permeiam a vivência do profissional de saúde de UTIN
DOI:
https://doi.org/10.32356/exta.v1.n4.3833Resumo
Este estudo tem como objetivo compreender as vivências do profissional de saúde que trabalha em uma unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) e as repercussões dessas vivências para a saúde mental dele. Para isso, utilizou-se o método descritivo de abordagem qualitativa e de cunho fenomenológico, através de entrevista semi-estruturada com 11 profissionais de saúde (2 médicas, 2 enfermeiras, 2 técnicas de enfermagem, 3 fisioterapeutas, 1 psicóloga e 1 assistente social) de uma Maternidade Escola, localizada em Fortaleza, CE, nos meses de maio e outubro de 2011. Foram identificadas três unidades de significado: (1) a relação profissional/recém-nascido/família; (2) a tecnologia e o humano; e (3) UTIN e saúde mental. O relato dos profissionais demonstrou que: (1) ser profissional de saúde de UTIN exige qualificação profissional, conhecimento científico, conhecimento técnico e equilíbrio emocional; (2) os profissionais se sentem incomodados e impotentes diante da realização de procedimentos mais invasivos como também preferem que os pais se ausentem da unidade durante a realização desses; (3) os profissionais procuram se comunicar com a família do recém-nascido numa linguagem compreensível a ela; e (4) temem a formação do vínculo mãebebê em virtude da iminência de morte. A partir dessa pesquisa, espera-se discutir as questões que podem melhorar a condição de quem assiste aos pacientes bem como contribuir para o enriquecimento e a humanização da relação profissional–paciente na UTIN.