PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E SINTOMAS URINÁRIOS DE MULHERES COM DISFUNÇÕES DO ASSOALHO PÉLVICO ATENDIDAS EM AMBULATÓRIO
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Perfil de saúde. Diafragma da Pelve. Saúde da MulherAbstract
Introdução:As disfunções do assoalho pélvico (DAP) classificam-se em incontinência urinária (IU), prolapsos de órgãos pélvicos (POP), hiperatividade vesical, disfunções sexuais e disfunções anorretais, como condição ginecológica frequente e responsável por morbidades na população feminina. Objetivos:Apresentar o perfil epidemiológico e sintomas urinários de mulheres com DAP atendidas no ambulatório uroginecológico da MEAC.Metodologia:Estudo retrospectivo com caráter descritivo quantitativo, de outubro de 2014 a abril de 2015 no Ambulatório Uruginecológico da MEAC vinculado ao Projeto de Fisioterapia na Saúde da Mulher (PROFISM). A coleta de dados baseia-se nos prontuários e fichas de avaliação fisioterapêutica referente a dados sociodemográficos; histórico ginecológico e reprodutivo; fluxo urinário e DAP.Resultados:Dados de 38 mulheres foram considerados. A maioria das mulheres tinham até 59 anos (62,16%) com média de 55,07 ±10,2anos, eram casadas (53,85%) e tinham média de IMC 28,93 ±4,06 kg/m², onde 63,16% foram classificadas em sobrepeso. A média de partos foi de 3,86 ±2,18, destacando o parto vaginal com média de 3,52 ±2,07;55,56% eram ativas sexualmente.Todas as usuárias apresentavam IU, subdivididas em esforço (42,11%), urgência (23,68%) e mista (34,21%); 62,86% apresentavam POP e 25,93% incontinência fecal. Nos sintomas de esvaziamento vesical, os dados prevalentes foram gotejamento pós-miccional (42,31%) e sensação de esvaziamento incompleto (53,57%); nos sintomas de enchimento vesical, a perda de urina antes da micção (68,57%), urge-incontinência (72,73%), urgência miccional (81,82%) e noctúria (78,57%) são prevalentes. Conclusão:As condições encontradas podem comprometer a qualidade de vida das mulheres, necessitando de medidas preventivas e terapêuticas considerando o perfil da população com DAP.