Caracterização Tecnológica de Litotipos da Região de Tucano, no Interior da Bahia Para Fins Ornamentais

Autores

  • Rafael Franco Silva
  • Anaísa Barbosa dos Anjos Pereira
  • Márcio Siqueira Campos Barros
  • Alexandre Souza Rodrigues
  • Silas Leonardo Dias Vasconcelos

Resumo

O trabalho trata da determinação dos índices físicos e resistências à compressão simples de amostras de dois maciços rochosos do interior da Bahia, na região de Tucano. As rochas amostradas são descritas grosseiramente como um diorito basáltico e um sienogranito aplitóide. A determinação dessas propriedades físico-mecânicas é importante para caracterização de rochas para fins ornamentais porque informa sobre o comportamento do material quando de sua aplicação. Desta forma, o valor da tensão de ruptura do diorito basáltico analisado é de 153,48 MPa e a média da tensão de ruptura do sienogranito aplitóide é de 82,02 MPa. O diorito possui uma resistência à compressão simples muito maior do que o sienogranito, embora ambas sejam consideradas elevadas na classificação de maciços rochosos. Entretanto, com relação à NBR 15844 (Normas Brasileiras para rochas de revestimento), apenas o diorito pode ser usado, sem restrição, como material de revestimento. Com relação aos índices físicos, os valores determinados (densidade aparente: diorito, 2730 kg/m3; sienogranito, 2640 kg/m3; porosidade aparente: diorito, 0,66%; sienogranito, 2,43%; absorção d’água: diorito, 0,24%; sienogranito, 0,93%) indicam que, dentre os maciços rochosos estudados, o diorito possui uma densidade maior do que o sienogranito, além de menor porosidade e absorção. Estas características do diorito são compatíveis para serem utilizados em locais úmidos e externos. O sienogranito apresenta boa densidade, entretanto a porosidade e a absorção ultrapassam os limites prescritos nas NBR. Os resultados encontrados na determinação da resistência à compressão simples e na determinação dos índices físicos das amostras dos dois maciços rochosos da região de Tucano-BA apresentados indicam rochas com boa qualidade. Dependendo do uso que se pretenda dar a essas rochas, mais estudos devem ser realizados para obter um perfil mais completo dos maciços.

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Rochas para revestimento - determinação da resistência à compressão uniaxial: método de ensaio. NBR 12767. Rio de Janeiro, 1992.

BARROS, M. L. de S. C. Classificação Geomecânica das Áreas de Deslizamento no km 17 na Rodovia PE -89. Dissertação (Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil)) — Universidade Federal de Pernambuco, 2000.

IAEG (INTERNATIONAL ASSOCIATION OF ENGINEERING GEOLOGY). Engineering geological maps: a guide to their preparation. Paris: Unesco Press, 1976.

MACIEL FILHO, Carlos Leite. Introdução à geologia de engenharia. 2.ed Brasília: Companhia de pesquisa de recursos minerais, 1997.

OLIVEIRA, A.M.S.; BRITO, S.N.A. – Geologia de Engenharia, 1a. ed. ABGE. 1998.

VIDAL, F.W.H., Azevedo, H.C.A.; Castro, N.F. – Tecnologia de Rochas Ornamentais: pesquisa, lavra e beneficiamento – Rio de Janeiro – CETEM/MCTI, 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Rochas para revestimento – Métodos de ensaio. NBR 15845. Rio de Janeiro, 2010.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Rochas para revestimento – Requisitos para granitos. NBR 15844. Rio de Janeiro, 2010.

Downloads

Publicado

2019-03-21

Edição

Seção

Artigos