Avaliação petrológica e geoquímica do basanito subaflorante no Município de Fortaleza (CE) e sua correlação com o vulcanismo de Fernando de Noronha, Brasil

Autores

  • Luiza Werneck
  • Christiano Magini

Resumo

O vulcanismo alcalino Cenozoico no Estado do Ceará, nomeadamente na Região Metropolitana de Fortaleza, é representado por fonolitos e traquitos em forma de necks, plugs, domos e estruturas concêntricas, com raros diques de tefritos e fonotefritos. A ocorrência do vulcanismo subaflorante em Fortaleza, objeto de estudo deste trabalho, é classificada como um basanito fortemente enriquecido em elementos incompatíveis (Ba, Th, U, Ta, Nb, La e Ce), tem em torno 400 por 320 metros em área e no mínimo 20 metros de espessura. Os dados geoquímicos sugerem que esta ocorrência possivelmente seria o membro máfico do Vulcanismo Messejana (VMess), que se localiza no prolongamento continental da Zona de Fratura Fernando de Noronha, o que sugere um caráter bimodal a este evento. Em uma comparação entre as amostras do Vulcanismo Fernando de Noronha, que originou o arquipélago homônimo e cuja idade varia entre 12,5±0,1 e 1,3±0,1 Ma, com os dados da suíte estudada é possível perceber fortes correlações petrográficas e geoquímicas entre as rochas nas duas localidades. O magma que originou este basanito apresenta padrões de elementos terras raras fortemente fracionados com razão Ce/YbN de 18,02 a 20,17, enriquecidos em ETRL, sem anomalia de Eu. Apresenta depleções nos elementos Sm, Eu, Tl, Tb, Y e Yb, e enriquecimentos em Cs e Rb, sendo correlacionáveis ao padrão OIB. Entretanto, características como o enriquecimento nos elementos Ba, Th e U, e depleção de Sr e P indicam influência crustal.

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Publicado

2018-05-22

Edição

Seção

Artigos