Evolução da Contaminação Produzida Pelo Aterro de Resíduos Sólidos do Jangurussu nos Recursos Hídricos da Cidade de Fortaleza (2001 a 2016) e Considerações Sobre Estabilidade Geotécnica
Resumen
O Aterro de Resíduos Sólidos Urbanos e Industriais do Jangurussu encontra-se localizado na região centro-sul de Fortaleza, encaixado na margem esquerda do rio Cocó, cuja bacia hidrográfica recobre mais de 64% de todo o município. O aterro teve entre os anos 1996 e 2001 o seu impacto monitorado nas águas superficiais e subterrâneas do município de Fortaleza com uma ampla quantidade de parâmetros físico-químicos e biológicos, o que permitiu caracterizar o estado da contaminação produzida nos recursos hídricos do referido município de uma maneira jamais anteriormente realizada no estado do Ceará. Mesmo depois de deixar de operar, em 1998, o Aterro do Jangurussu segue produzindo chorume, produto da lixiviação, que escorre livremente por suas pendentes norte, leste e sul, diretamente para os corpos de águas superficiais existentes, como também infiltrando-se nas águas subterrâneas e surgindo como fluxo de base do rio Cocó, uma vez que a carga hidráulica mais elevada no corpo do aterro imprime ao rio um regime efluente na sua margem esquerda. Os metais são quimicamente altamente reativos e bioacumuláveis (pesados), ou seja, os organismos não são capazes de eliminá-los e seu repasse para a cadeia alimentar ocorre com facilidade. Os seres vivos necessitam de pequenas quantidades de alguns desses metais para a realização e processamento de muitas das funções vitais no organismo. Foram também monitoradas um total de 19 pendentes, para fins da avaliação da estabilidade da massa de resíduos do aterro, nos setores norte, sul, leste e oeste, com o auxílio de clinômetro e de diversas fotografias perpendiculares (ortogonais) ao corte lateral das linhas de maior inclinação, igualmente para efeito de comparação do que se havia realizado nos trabalhos anteriores.Descargas
Publicado
2019-03-21
Número
Sección
Artigos