Uso do Mapeamento Remoto Por Radar na Identificação de Vestígios Arqueológicos – Estudo de Caso do Projeto Radiografia da Amazônia

Autores/as

  • João Paulo Lopes da Cunha
  • Edilson de Souza Bias

Palabras clave:

geoglifos, mapeamento por radar, cartografia amazônica

Resumen

O processamento digital de imagens oriundas de aerolevantamento, em específico por utilização de aeronaves portando sensores Synthetic Aperture Radar (SAR) ou radar de abertura sintética, apresenta-se como potencial ferramenta no mapeamento remoto de ambientes arqueológicos em pequenas e médias escalas cartográficas. As técnicas atuais para mapeamento arqueológico nem sempre garantem a identificação de estruturas megalíticas e superfícies antropizadas, principalmente em ambiente com vegetação densa como a região amazônica. O projeto Radiografia da Amazônia (RAM), Subprojeto Cartografia Terrestre da Diretoria de Serviço Geográfico (DSG), encontra-se em fase final do mapeamento de aproximadamente um milhão de quilômetros quadrados. Seus dados cartográficos estão sendo publicados gratuitamente no Banco de Dados Geográficos do Exército (BDGEx). No caso do mapeamento topográfico de regiões de floresta densa, como é o caso de boa parte da Amazônia, o Sensor SAR portando banda ‘P’, possibilita a penetração no dossel da floresta e a interação da onda eletromagnética com a superfície do terreno, favorecendo a identificação de feições existentes ao nível topográfico do solo. Diante das técnicas e possibilidades, a presente pesquisa utilizou insumos do projeto Radiografia da Amazônia para identificação de possíveis geoglífos localizados na região amazônica, camuflados pela densa floresta, demonstrando assim, a grande capacidade de utilizar os produtos do referido projeto na preservação e identificação de ambientes arqueológicos ocultados pela densa mata tropical.

Publicado

2020-04-30