A biblioteca no contexto da cultura maker
tendências e possibilidades em bibliotecas universitárias
DOI:
https://doi.org/10.36517/2525-3468.ip.v7i00.2022.78109.1-3Palavras-chave:
Cultura maker, Biblioteca universitária, InovaçãoResumo
Os espaços maker são espaços definidos pelo trabalho colaborativo, que disponibilizam tecnologias, ferramentas e recursos para a criação de projetos individuais e coletivos. Entretanto, não são os equipamentos que definem o espaço. O espaço evidencia-se pelo fortalecimento das ações coletivas. Nesse sentido, a pesquisa busca interpretar de que modo a filosofia maker e os pressupostos da cultura maker podem contribuir para as bibliotecas universitárias? Quanto aos objetivos, esta tem, como objetivo geral: identificar as contribuições da cultura maker para as bibliotecas universitárias, como objetivos específicos: analisar as interlocuções teóricas entre a cultura maker e as bibliotecas, com ênfase nas bibliotecas universitárias; identificar ações, atividades e tecnologias que podem ser utilizadas em espaços maker nas bibliotecas universitárias; identificar ações, atividades e tecnologias da Biblioteca de Ciências Humanas da UFC que dialogam com a filosofia maker. Para tanto, realizou-se uma pesquisa em bases de dados e em outras fontes formais de informação, a fim de compor uma revisão de literatura. Assim, identificou-se que algumas bibliotecas brasileiras e no mundo têm um caráter similar à proposta e filosofia dos espaços maker. Como estratégia metodológica, adotou-se a perspectiva dialética por meio de uma pesquisa exploratória. A partir da BCH/UFC, realizou-se a coleta dos dados, por meio de entrevista não estruturada, sobre as ações extensionistas desenvolvidas pela biblioteca nos últimos sete anos, via Google Meet e por telefone com a gestão anterior e atual da referida biblioteca. A partir do contato estabelecido com os gestores e bibliotecários da BCH, bem como durante as conversas e discussões informais, este estudo fomentou um projeto colaborativo de implantação de um espaço maker na BCH. Os dados da pesquisa evidenciam que as ações extensionistas desenvolvidas pela BCH são próximas da filosofia da cultura maker, tem impacto, estimula a colaboração e troca de conhecimentos entre as pessoas. Conclui-se que o engajamento dos bibliotecários da BCH no desenvolvimento das ações extensionistas está alinhado com a cultura maker, especialmente porque traz em seu núcleo a colaboração, incentivo à aprendizagem, descobertas, cocriação e compartilhamento de recursos. Portanto, esta pesquisa mostra que as bibliotecas são locais que podem incorporar aspectos da cultura maker e implantar esses espaços alternativos, inclusive em ações que sejam desenvolvidas sob a égide da extensão, assim como já vêm acontecendo em outras bibliotecas pelo mundo.
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