História socioespacial do trabalho no Brasil, educação profissional tecnológica e a questão regional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29148/labor.v1i24.44200

Palavras-chave:

Educação Profissional Tecnológica; Trabalho; Institutos Federais; Desigualdades Regionais.

Resumo

Este artigo se apresenta com a perspectiva de contribuir para o debate acerca da educação profissional tecnológica no Brasil, situando a história da educação profissional e a história socioespacial do trabalho no país, desde o momento em que foi iniciada a colonização. Trata-se, pois, de um esforço pautado em pesquisa bibliográfica e reflexões no âmbito do grupo de pesquisa em Gestão, Políticas e História da Educação Profissional e Tecnológica (GPHEPT), e que procura analisar as determinantes políticas, econômicas e sociais que viabilizaram a emergência da educação profissional no contexto das disputas entre os setores produtivo agroexportador e industrial nas primeiras décadas do século XX e que, de certa forma, se estende até aos dias atuais. O texto busca problematizar as dinâmicas que fizeram da Região Sudeste polo de atração de força de trabalho e concentração produtora de disparidades regionais resultantes de tais processos, mas também apresenta como possibilidade, a contribuição da educação profissional tecnológica para uma política industrial e tecnológica que tenha como estratégia, produzir novas dinâmicas regionais e dessa forma, uma desconcentração regional de atração e mobilidade da força de trabalho. A territorialidade e o projeto político e pedagógico dos Institutos Federais de Educação Científica e Tecnológica apresentam-se como equipamento fixo e política de educação estratégica para o diálogo educação, tecnologia e desenvolvimento regional. 

Palavras-chave: Educação Profissional Tecnológica; Trabalho; Institutos Federais; Desigualdades Regionais.

Biografia do Autor

Cloves Alexandre de Castro, Instituto Federal Catarinense

Licenciado e Bacharel em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (FCT- UNESP). Mestre em Geografia Humana pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (FCT- UNESP). Doutor em Geografia Humana pela Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP. Pós-Doutorado em Geografia na Universidade de São Paulo-USP, sob a supervisão da professora Marta Inez de Medeiros Marques. Foi professor do ensino público nos municípios de Descalva-SP e de São Paulo. Atuou no ensino médio privado nas cidades de Presidente Prudente-SP e São Paulo. É pesquisador e ativista dos cursinhos populares. Professor do Instituto Federal Catarinense (IFC-Blumenau) desde julho de 2016, e e atua no ensino médio integrado, na especialização em educação e no Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica - ProfEPT.

Reginaldo Leandro Plácido, Instituto Federal Catarinense - IFC

Doutorado em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba (2014) com doutoramento intercalar em História da Educação pela Universidade de Lisboa. Mestrado em História e Teologia pelo Instituto Ecumênico de Pós-Graduação em Teologia (2008). Licenciatura em Pedagogia pela Universidade da Região de Joinville (2005). Licenciatura em História pela Faculdade Metropolitana de Blumenau (2019). Bacharel em Teologia pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix (2015). Professor EBTT do Instituto Federal Catarinense. Docente do Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica do IFC. Diretor de Ensino do IFC. Avaliador ad hoc do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

Cladecir Alberto Schenkel, Instituto Federal Catarinense - IFC

Possui graduação em Licenciatura em Ciências Agrícolas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1991), Mestrado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1997) e Doutorado em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia (2012). É professor do ensino básico, técnico e tecnológico no Instituto Federal Catarinense (IFC). Atualmente, é Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação e docente permanente do Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica em rede nacional, Polo IFC/Blumenau.

Referências

Alves, L. M. S., Plácido, R. L., Faria, F. P., & Rohr, M. L. (2019). Retalhos de Experiências Exitosas em Educação Profissional e Tecnológica. Debates em Educação, 11(24), 564-585.
BOITO Jr., A. O golpe de 1954: a burguesia contra o populismo. São Paulo: Brasiliense, 1982.
BRANDÃO, C. Território e desenvolvimento: as múltiplas escalas entre o local e o global. Campinas: Editora da Unicamp, 2007.
DEAN, Warren. A industrialização de São Paulo (1880-1945). Tradução de Octávio Mendes Cajado. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1991.
ENGELS, F. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Tradução de Leandro Konder. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1974.
FANON, F. Os condenados da Terra. Tradução de José Laurênio de Melo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.
GONÇALVES, M.F. Engrenagens da locomotiva: ensaio sobre a expansão urbana paulista. Campinas: Instituto de Filosofia Ciências Humanas (IFCH) UNICAMP, 1998. 339 p. Tese de doutorado, Programa de Pós Graduação em Sociologia. Campinas, SP, 1998.
LAFARGUE, P. O direito à preguiça. São Paulo: Hucitec/ Unesp, 1999.
MARTINS, J.S. O cativeiro da terra. São Paulo: Hucitec, 1979.
MARX, K. O 18 Brumário de Louis Bonaparte. Coimbra, 1971.
MASSEY, Doreen. Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.
OLIVEIRA, F. Elegia para uma Re(li)gião: SUDENE, Nordeste. Planejamento e conflitos de classes. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.
OLIVEIRA, F. Economia da dependência imperfeita. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.
OLIVEIRA, F. Crítica à razão dualista. O ornitorrinco. São Paulo: Boitempo, 2003.
PACHECO, E. M. (Org.). Institutos Federais: uma revolução na Educação profissional e Tecnológica. Brasília/DF, São Paulo/SP: Moderna, 2011.
PRADO Jr., C. Formação do Brasil Contemporâneo. 8. ed. São Paulo: Civilização Brasileira, 1965.
SANTOS, M. & SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.
SANTOS, M. A natureza do espaço: espaço e tempo: razão e emoção. 3. ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
SANTOS, M. Sociedade e espaço: formação social como categoria e como método. Boletim Paulista de Geografia, n. 54, p. 81 – 100, 1977.
SAVIANI, D. Histórias das ideias pedagógicas no Brasil. 4. ed. Campinas: Autores Associados, 2013.
SCHENKEL, C.A. Gestão ambiental: perfil profissional e formação em cursos superiores de tecnologia e de bacharelado. 2012. 348 f. Tese (Doutorado em Ciências Humanas) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2012.
SINGER, P. A crise do milagre: interpretação crítica da economia brasileira. São Paulo: Paz e Terra, 1975.
SOUZA, J. A elite do Atraso: Da escravidão à Lava Jato. Rio de Janeiro: Leya, 2017.

Downloads

Publicado

2020-10-19

Como Citar

DE CASTRO, Cloves Alexandre; PLÁCIDO, Reginaldo Leandro; SCHENKEL, Cladecir Alberto. História socioespacial do trabalho no Brasil, educação profissional tecnológica e a questão regional. Revista Labor, [S. l.], v. 1, n. 24, p. 331–355, 2020. DOI: 10.29148/labor.v1i24.44200. Disponível em: http://periodicos.ufc.br/labor/article/view/44200. Acesso em: 12 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.