Representações sociais de enfermeiras acerca do cuidado que mulheres usuárias de crack prestam ao recém-nascido / Nurses' social representations of the care that crack users provide to the newborn

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36517/10.36517/revpsiufc.11.2.2020.8

Resumo

Objetivo: Conhecer as representações sociais de enfermeiras acerca do cuidado que as mulheres usuárias de crack prestam ao recém-nascido no pós-parto. Metodologia: Pesquisa qualitativa cujo referencial teórico foi a Teoria das Representações Sociais. Participam 14 enfermeiras atuantes Maternidade e Centro Obstétrico de um hospital do sul do Brasil. Os dados foram coletados no segundo semestre de 2018, por entrevistas semiestruturadas e submetidos ao Discurso do Sujeito Coletivo. Resultados: As representações sociais mostraram que a maioria tem dificuldade de desenvolver o apego com o bebê. Enquanto o bebê está na unidade seus cuidados são responsabilidade da equipe de enfermagem que tem preocupação/ medo em relação a algum acidente/ descuido com o mesmo por parte da mãe. O contexto de vida influenciará no cuidado que com o bebê, mas elas sentem-se culpadas com o que possa acontecer devido ao uso do crack. Muitas negligenciam o cuidado após o nascimento vai para adoção. Considerações Finais: Estas mulheres precisam ser acolhidas e acompanhadas durante a gestação e no pós-parto, recebendo atendimento psicológico e social, sendo encaminhadas para o planejamento familiar. É necessária a capacitação dos profissionais da saúde a fim de minimizar as dificuldades que estas possuem em cuidar o recém-nascido no seu pós-parto.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Batista, G. F., Fonseca, M. C., Pontes, M. G. 2018. “É UMA DOR QUE NÃO TEM EXPLICAÇÃO, É A VIDA DA GENTE QUE ELES TIRAM”: narrativas de mulheres na resistência pelo seu direito à maternidade em Belo Horizonte-MG. Saúde em Redes, v. 4, n. 1suplem, p. 129-139.

Brasil. Conselho Nacional de Saúde. 2012. Resolução 466, de 11 e 12 de dezembro de 2012. Dispõe sobre diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos, Brasilia-DF.

Brusamarello, T., et al.. 2008. Consumo de drogas: concepções de familiares de estudantes em idade escolar. Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool Drogas. v. 4, n., 1.

Calheiros, P.R. V., et al..2019. Estratégias de enfrentamento do craving em dependentes de crack em tratamento em Comunidades Terapêuticas. SMAD. Revista eletrônica saúde mental álcool e drogas, v. 15, n. 2, p. 12-19.

Camargo, P.O. et al.. 2018. O enfrentamento do estigma vivido por mulheres/mães usuárias de crack. SMAD. Revista eletrônica saúde mental álcool e drogas, v.14, n. 4, p. 196-202.

Camargo, P. O., et al.. 2019. Acompanhamento de crianças filhas de mulheres usuárias de drogas: um relato de experiência. Pesquisas e Práticas Psicossociais. V. 14, n. 2.

Chagas, M. S., Abrahão, A. L. 2018. Desobediência Civil na produção singular de cuidado em rede: outros olhares para a mãe usuária de drogas. Saúde em Redes, v. 4, n. 1suplem, p. 61-73.

Chiriboga, C. A., Kuhn, L., Wasserman, G. A. 2014. Neurobehavioral and developmental traiectories associated with level of prenatal cocaine exposure. J Neurol Psychol.V. 2, n. 3, p. 1-24.

Fortes, T. C. B. 2018. A retirada de recém-nascidos de suas genitoras nas maternidades em razão do uso de drogas e o imaginário da maternagem. Cadernos da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, p. 39.

Gonçalves, B. S.. et al.. 2016. O vínculo mãe e filho no período gestacional como estratégia de prevenção do uso de álcool e outras drogas: Relato em extensão. Revista ELO - Diálogos em Extensão. V. 05, n.2, p. 34-42.

Lefevre, F.; Lefevre, A. M. C. 2012. Pesquisa de Representação Social. Um enfoque qualiquantitativo. Brasilia (DF): Liberlivro.

Marangoni, S. R.; et al.. 2018. Perfil sociodemográfico das mulheres usuárias de álcool e outras drogas na gravidez. REVISTA UNINGÁ REVIEW, v. 30, n. 3, p. 19-24.

Marini, K., Waschburger, E. M. P. 2015. The Pregnancy Experience in Crack Users and Their Influence in the Formation of Maternal-Fetal bond. Revista de Psicologia da IMED, v. 7, n. 2, p. 37-47. Matto, S. K., et al.. 2013. Family burden with substance dependence: a study from India. Indian J Med Res. V. 137, n. 4, p. 704-11.

Minayo, M.C.S. 2014. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14ª ed. São Paulo: Hucitec.

Moscovici, S. ([2000]2015). Representações Sociais: Investigações em psicologia social. 11. ed. Petrópolis: Vozes.

Reis, T. F.; Loureiro, J. R. 2015. O uso do crack durante a gestação e suas repercussões biopsicossociais e espirituais. Revista Eletrônica Saúde Mental Alcool Drogas. v. 11, n. 2, p. 105-11

Ribeiro, M. C. L., et al..2018. Cuidado de mulheres usuárias de crack na gestação: revisão bibliográfica. SMAD. Revista eletrônica saúde mental álcool e drogas, v. 14, n. 3, p. 185-193.

Ribeiro, J. P. et al. 2018. Puérperas usuárias de crack: dificuldades e facilidades enfrentadas no cuidado ao recém-nascido. Aquichan. n. 18, v. 1, p. 32-42.

Trindade, V.; Bartilotti, C. B. 2017. "Não quebrou a corrente, mas abriu um elo entre nós": o impacto da dependência química materna sobre o vínculo mãe-filho. SMAD. Revista eletrônica saúde mental álcool e drogas, v. 13, n. 1, p. 4-12.

Veloso, M. L. S., Silva, L. A M., Júnior, G. A. 2017. A família e o período gestacional: um estudo a partir da composição do genograma e ecomapa, em mulheres usuárias de drogas. ALTUS CIÊNCIA, v. 6.

Ventura, J et al.. 2019. Pregnant/puerperal women who use crack: essential needs for reconstructing a drug-free life. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online, v. 11, n. 4, p. 937-943.

Ventura, J. 2015. Gestantes/puérperas usuárias de crack: necessidades de apoio na reconstrução de um viver sem a droga. 94 páginas. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande-FURG, Rio Grande.

Xavier, D. M.; et al.. 2018. Puérperas usuárias de crack: dificuldades e facilidades enfrentadas no cuidado ao recém-nascido. Aquichan, v. 18, n. 1, p. 32-42.

Wronski, J. L., et al.. 2016. Uso do crack na gestação: vivências de mulheres usuárias. Rev enferm UFPE online., Recife, v. 10, n. 4, p. 1231-9.

Publicado

2020-07-01

Como Citar

Ventura, J., Gomes, G. calcagno, Scarton, J. ., Silva, C. D. ., Xavier, D. M. ., & Perim, L. F. (2020). Representações sociais de enfermeiras acerca do cuidado que mulheres usuárias de crack prestam ao recém-nascido / Nurses’ social representations of the care that crack users provide to the newborn. Revista De Psicologia, 11(2), 110–121. https://doi.org/10.36517/10.36517/revpsiufc.11.2.2020.8