Fernando Henrique Cardoso e a marginalização das intepretações críticas, revolucionárias e nacionalistas sobre o Brasil
DOI:
https://doi.org/10.36517/rcs.v55i1.78529Palavras-chave:
Fernando Henrique Cardoso, Interpretação crítica, Revolução, Projeto nacionalResumo
Neste artigo, apresentamos as teses de Fernando Henrique Cardoso sobre o capitalismo dependente e o regime civil-militar e as críticas às interpretações nacionalistas e revolucionárias, que tiveram papel decisivo para naturalizar uma concepção que demarca, unicamente no Estado, o lócus de todos os nossos dilemas sociopolíticos. A sua teoria do desenvolvimento dependente-associado foi aplicada em seu governo, nos anos 1990, quando executou o receituário neoliberal ditado pelos EUA, radicalizado nos governos Temer/Bolsonaro, com o agravante do ataque às instituições democráticas e aos fundamentos normativos e civilizatórios da Constituição Federal de 1988. Assim, defendemos a retomada sistemática das leituras sobre o projeto emancipatório nacional e popular que foram marginalizadas pelas críticas do sociólogo.
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