Alterações hematológicas no paciente portador de HIV no momento do diagnóstico e seis meses após o início da terapia antiretroviral

Autores

  • Nayro de Sousa Ferreira Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Piauí (UFPI)
  • Kelsen Eulálio Dantas Universidade Federal do Piauí (UFPI), Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela (IDTNP)

DOI:

https://doi.org/10.20513/2447-6595.2021v61n1e41990p1-7

Palavras-chave:

HIV, Hematologia, Agentes antirretrovirais

Resumo

A avaliação dos dados hematológicos associados à contagem de CD4+ e a quantificação da carga viral podem contribuir para o monitoramento da infecção pelo HIV. Objetivo: descrever as citopenias encontradas nos pacientes portadores de HIV no momento do diagnóstico e seis meses após o início da terapia antirretroviral. Metodologia: esta pesquisa é exploratória, descritiva e quantitativa, realizada entre janeiro e junho de 2018, através de questionário socioeconômico-demográfico e clínico. Resultados: a análise dos dados apontou resultados significativos em relação às alterações hematológicas dos pacientes com HIV/AIDS, no qual, após seis meses do diagnóstico, houve aumento dos níveis de Hemoglobina/Hematócrito (P= 0,010/0,001), melhorando a anemia provocada pela doença, como também uma diminuição das taxas de Ferritina (P= <0,001), LDH (P= 0,006), Reticulócitos (P=0,001), TIBC (P= 0,007) e T4 Livre (P= 0,013), com efeito fisiológico benéfico para o organismo do paciente. Além disso, a carga viral atingiu níveis plasmáticos indetectáveis, elevando a quantidade de linfócitos CD4+, recuperando, assim, a imunidade. Conclusão: Todas as alterações hematológicas, isoladas ou combinadas, refletiram na ação direta do HIV sobre a medula óssea. Portanto, inflamações e/ou infecções oportunistas, deficiências nutricionais, efeito colateral de medicamentos e neoplasias estão correlacionadas diretamente com o grau de imunossupressão.

Downloads

Publicado

2021-01-13

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS