Experiências de resistências dos povos frente às relações entre natureza, sociedade e desenvolvimento
Palavras-chave:
Comunidades, Auto-organização, ExperiênciaResumo
A palavra desenvolvimento é frequentemente evocada em tom positivo por organizações governamentais, intergovernamentais e empresariais. Contudo, seu uso generalizado pode esconder conflitos entre a sociedade, natureza e este dito desenvolvimento. No último século pudemos ver uma intensificação da violência em conflitos de tais organizações com povos tradicionais, proletários urbanos, além de outros grupos sociais marginalizados. Partindo desta problemática, o presente trabalho busca compreender as experiências de resistências dos povos frente às relações entre natureza sociedade e desenvolvimento. Para tanto, faz uso da revisão bibliográfica sobre teorias críticas ao desenvolvimento e a correlaciona com experiências de auto-organização populares vivenciadas pelo pesquisador. Como resultado deste caminho de pesquisa, foi possível observar a relevância da heterodoxa literatura produzida por Gustavo Esteva sobre o desenvolvimento. Ao mesmo tempo, foi dialogado o referencial teórico com a experiência da Ocupação Carlos Marighella, Fortaleza-CE, e da Comunidade de Caetanos de Cima, Amontada-CE. Por fim, a pesquisa reforça como o desenvolvimento se apresenta para grupos sociais de forma violenta e neste processo se insurge modos de se auto-organizar em resistência ao que é posto por tais agentes do desenvolvimento em uma relação de poder muitas vezes desigual.