CINEMA, TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA, ESCOLA E FAMÍLIA: UMA ANÁLISE BASEADA NO FILME DEIXE-ME ENTRAR

Autores

  • Sinara de Oliveira Branco

Resumo

Este artigo tem o objetivo de desenvolver uma leitura intersemiótica do filme Deixe-me entrar (2010), por Matt Reeves, que envolva o contexto de educação brasileira, observando aspectos da vida em família e o contexto escolar. Serão discutidos, no decorrer da análise, os avanços tecnológicos aplicados ao ensino, bem como o retrocesso humanístico, que deixa o aprendiz a mercê de um sistema educacional que o angustia e o transforma em um ser muitas vezes fronteiriço e monstruoso. A análise será baseada na categoria de tradução intersemiótica, aplicada para desenvolver a leitura crítica de cenas do filme, aliada à visão pós-colonial do monstro que vive na fronteira (BELLEI, 2000), nesse caso, o vampiro psíquico, valendo-se do ambiente cibernético e das TICS como ferramentas educacionais para discussão de tal caracterização. Finalmente, serão apresentadas conclusões que direcionam o olhar para um ambiente educacional violento e angustiante, muitas vezes gerado pela falta de apoio familiar e acompanhamento psicológico.

Referências

AUMONT, J.; MARIE, M. A Análise do Filme. Trad. Marcelo Félix. Lisboa: Edições Texto & Grafia Ltda, 2004.

BELLEI, S. L. P. Monstros, Índios e Canibais: Ensaios de Crítica Literária e Cultural. Florianópolis: Insular, 2000.

BRANCO, S. de O. Teorias da Tradução e o Ensino de Língua Estrangeira. Horizontes de Linguística Aplicada, v. 8, n. 2, p. 185-199, 2009.

CARVALHO, P. S. Interação entre Humanos e Computadores – uma introdução. São Paulo: EDUC, 2000.

CASTRO, M. S. de. Introdução aos Estudos Linguísticos e Semióticos: o texto nas produções escritas, visuais e audiovisuais. Rio de Janeiro: LTC, 2011.

CRONIN, Michael. Translation goes to the movies. New York: Routledge, 2009.

DELABASTITA, D.; GRUTMAN, R. Introduction: fictional representations of multilingualism and translation. In: DELABASTITA, D.; GRUTMAN, R. (Ed.). Fictionalising Translation and Multilingualism, special issue of Linguistica Antverpiansia. NS4, 2005. p. 11-34.

HAWKING, S. Nosso Futuro: Jornada nas Estrelas? – como a vida biológica e eletrônica continuarão evoluindo em complexidade a um ritmo sempre crescente. In: HAWKING, S. O Universo numa Casca de Noz. São Paulo: Mandarim, 2001.

LACAN, J. O Estádio do Espelho como Formador da Função do Eu. In: LACAN, J. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998ª. p. 96-103.

______. A Subversão do Sujeito e a Dialética do Desejo no Inconsciente Freudiano. In: LACAN, J. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998d. p. 807-842.

OTHERO, G. de A.; MENUZZI, S. de M. Linguística Computacional: teoria e prática. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.

SANTAELLA, L. O que é Semiótica. São Paulo: Brasiliense. 2005.

SAUSSURE, F. de. Curso de Linguística Geral. 2º. ed. São Paulo: Cultrix, 1995.

VIANA, V. Linguística de Corpus: conceitos, técnicas & análises. In: VIANA, V.; TAGNIN, S. E. O. (Org.). Corpora no Ensino de Línguas Estrangeiras. São Paulo: Hub Editorial, 2010. p. 25-96.

______. Verbos Modais em Contraste: análise de corpus da escrita de universitários em inglês. 2008. 230 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Departamento de Letras, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008.

Downloads

Edição

Seção

Artigos