A TRADUÇÃO E A LITERATURA POPULAR/FOLCLÓRICA: UMA TRANSPOSIÇÃO CULTURAL DA CANTIGA DE BAREIRO E DA REZA DE CASCAES

Autores/as

  • Verónica R. Ramirez Parquet Rolón

Resumen

RESUMO: A tradução da literatura popular/folclórica oferece um desafio estimulante para a reflexão e a prática tradutória, pois exige posicionamento consciente do tradutor tanto em relação ao texto de partida quanto em relação ao seu leitor e ao contexto cultural de chegada. Antoine Berman (2002; 2013) e Nord (1991) concebem a tradução como uma experiência reflexiva que aporta saberes intrínsecos e que impõe o pensamento.  Assim, concordamos com Berman ao percebermos que todo ato tradutório parte de uma reflexão profunda do texto a ser traduzido. Contos, histórias, cantigas e narrativas populares são dotados de especificidades e riquezas, porém, tendem a sofrer detrimento, se comparadas com outras fontes escritas consideradas eruditas por alguns teóricos, uma vez que eles ignoram que tais manifestações unem a arte de narrar ao contexto em que a história ocorre e oferecem, em sua narrativa, ainda que maravilhosa, um substrato de realismo social pautado no imaginário e na memória coletiva. Diante dessas considerações, neste artigo propomos comentar os desafios tradutórios na realização da tradução e da contextualização de uma reza e a cantiga de roda La víbora de la mar – brincadeira infantil – do espanhol para o português.

Palavras chave: Tradução. Cultura. Folclore.

 

Publicado

2020-06-03