A “idolatria” indígena na Nova Espanha através da crônica de Ponce de León

um olhar sobre a evangelização entre os séculos XVI e XVII

Resumen

O presente artigo analisa a idolatria e a evangelização na Nova Espanha entre os séculos XVI e XVII a partir do olhar do cura Pedro Ponce de León, autor da Breve relación de los dioses y ritos de la gentilidad. Nesta, são apresentados diferentes costumes e atividades do cotidiano indígena das regiões do Vale do México, do Vale Toluca e da região de Teotenango. As crônicas religiosas da época possuem um tom de decepção com a evangelização e com a população indígena. Os missionários organizaram expedições, adaptaram a catequese europeia para o contexto americano, aprenderam línguas nativas, e ainda assim as idolatrias persistiram. Uma das conclusões foi: a catequese não está ocorrendo da maneira como deveria, portanto, era necessária uma reestruturação. Partindo da premissa que as denúncias idolátricas no século XVII cresceram e os métodos doutrinários foram os que mais sofreram alterações, a intenção é demonstrar como a crônica de Ponce de León, em comparação com outras contemporâneas, abordam a mudança no discurso eclesiástico.