UMA EXPERIÊNCIA DE MEDIAÇÃO DE LEITURA E ESCRITA NA ALDEIA INDÍGENA DOS PITAGUARY.

Resumen

UMA EXPERIÊNCIA DE MEDIAÇÃO DE LEITURA E ESCRITA NA ALDEIA INDÍGENA DOS PITAGAUARY Autora: Maria Verônica Alves de Lima Co- autora: Maria Bernardete Alves Feitosa Tutora: Bernadete Porto O projeto foi desenvolvido com o objetivo de investigar a formação de uma comunidade de leitores/escritores no município de Maracanaú, na comunidade do Santo Antônio do Pitaguary, no período junho de 2016 a julho de 2017. Envolveu crianças de diferentes faixas etárias e níveis de escolarização e foi desenvolvido numa perspectiva em que as crianças precisavam conhecer diversas obras literárias e participarem de atividades lúdicas. Nesse processo, considerou-se os seus conhecimentos prévios sobre os diferentes gêneros literários e o que estava incutido na tessitura das palavras. As atividades de leitura foram desenvolvidas no ano de 2016. No ano seguinte, definiu-se que o projeto teria continuidade com enfoque na aprendizagem da língua escrita. De acordo com Olson e Torrance (1997), a escrita não produz uma nova forma de pensar, mas a posse de um registro escrito pode permitir que se faça algo antes impossível: reavaliar, estudar e reinterpretar. Por isso, a inserção da criança no mundo letrado perpassa caminhos essenciais para a construção de um bom leitor e um bom escritor, possibilitando-se acesso aos elementos da cultura do seu contexto por meio da oralidade e escuta, as quais possuem um papel fundamental no acesso à língua escrita. Na comunidade indígena, esse legado cultural está presente na memória dos guardiões da cultura, nas lideranças e nos troncos velhos, que são as pessoas mais idosas da comunidade. O papel da escrita significativa nesse contexto se faz necessária para a construção da identidade e o fortalecimento da cultura indígena, devido ao fato de que há muitos relatos orais, mas pouco foi escrito de forma significativa pelas e para as crianças desta comunidade.