A APLICAÇÃO DO INDICADOR DE SUSTENTABILIDADE BAF EM FORTALEZA

Autores

  • Vitor Hugo de Goes Sampaio
  • Jose Almir Farias Filho

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo aplicar a metodologia do Fator Biótopo de Área (BAF) em Fortaleza e analisar o seu potencial como ferramenta de planejamento urbano sustentável. O BAF é um indicador de sustentabilidade desenvolvido na cidade de Berlim para analisar a eficiência dos ecossistemas ambientais inseridos no contexto urbano. Fortaleza apresenta significativo processo de expansão populacional e transformação do espaço urbano, com reduções expressivas na cobertura vegetal. O Percentual de Cobertura Vegetal do Município foi reduzido de 49,1% da área total em 1988 a 28,1% em 2017, enquanto o Índice de Cobertura Vegetal por habitantes foi reduzido de 9,3m² a 3,3 m² no mesmo período. A recomendação da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana é de 15 m²/habitante. Diante do exposto, como conduzir o planejamento urbano de Fortaleza de forma a contemplar a sustentabilidade urbana e melhorar os índices de vegetação? Seria necessário, portanto, a adequação instrumental do uso e ocupação do solo a partir da incorporação de inovações metodológicas? A metodologia da pesquisa é composta de três etapas: a primeira consiste nos levantamentos bibliográficos e documentais; a segunda busca a aplicação prática do BAF, com a extração das características de uso do solo a partir de imagens de satélites e imagens aéreas de alta resolução; a terceira consiste em visitas de campo e consolidação dos dados. Os resultados parciais, obtidos a partir da análise da evolução temporal da vegetação com imagens do satélite LANDSAT 5 MSS C1 (1985) e Sentinel-2 (2019), permitiram uma melhor compreensão do processo histórico de regulamentação do Parque Estadual do Cocó com destaque para a atuação dos movimentos socioambientais. A continuidade da pesquisa é tida como uma oportunidade para verificar a oferta dos serviços ecossistêmicos em Fortaleza, bem como subsidiar futuras avaliações da qualidade de vida na cidade, estudos sobre saúde pública, projetos urbanos e políticas públicas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação