A REVOLTA SEQUESTRADA: REVOLTA E CONSUMO NO BRASIL DOS ANOS 1970
Resumo
A pesquisa analisa os anos 1970, no Brasil, a partir de revistas de grande circulação, como as revistas Manchete, Veja e Realidade. Seu intuito principal é compreender como as bandeiras sociais da “Revolução Sexual”, do movimento hippie, das reivindicações dos feminismos, entre outras do que se convencionou chamar “revolução dos costumes”, foram inseridas em uma “sociedade de consumo” (Baudrillard, 2018) intensificada neste período. Para tanto, problematiza-se a relação dessas revistas com essa sociedade, o modo como elas atuam na construção de uma subjetividade e de um “público alvo”, bem como a maneira como expurgam o conteúdo crítico das bandeiras sociais, convertendo-o em um verniz crítico dentro das estruturas de consumo. Compreende-se, a partir das investigações inicialmente realizadas, que essas revistas atuaram como ferramentas de apropriação dessas bandeiras, principalmente na análise das matérias direcionadas ao “público jovem” – que incluem peças publicitárias, pesquisas de opinião, artigos de estudiosos, entre outras –, cuja "opinião" torna-se cada vez mais objeto de desejo desses veículos. Nesse sentido, discorre-se sobre o modo como as bandeiras dos anos 1970 foram apropriadas pela sociedade de consumo, partindo do entendimento que esses anos não podem ser resumidos à sua esfera marcadamente autoritária; necessita-se pois atentar para outras facetas que incluem a entrada do Brasil em um novo perfil de sociedade, marcadamente consumista.Downloads
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Publicado
2021-01-01
Edição
Seção
XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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