AS DINÂMICAS DA ALIANÇA ENTRE POLICIAIS MILITARES E EVANGÉLICOS NAS ELEIÇÕES 2020 EM FORTALEZA

Autores

  • Matheus Alexandre de Araujo
  • Danyelle Nilin Goncalves

Resumo

A participação de grupos evangélicos e de policiais na política eleitoral no município Fortaleza cresce a cada eleição, desde o início dos anos 2000. A eleição de 2020 destacou-se tanto pelo crescimento da participação desses dois setores, como pela consolidação de uma aliança entre dois grupos que durante algum tempo seguiram caminhos eleitorais distintos. Em 2016, eram apenas seis candidatos representantes de grupos evangélicos e 20 candidatos representantes de corporações policiais. Em 2020, esses números aumentam para 25 e 22 respectivamente, em um pleito marcado pela polarização nacional e o governo do presidente Jair Bolsonaro. No presente trabalho, temos, portanto, o objetivo de captar como se deu a construção da aliança entre os líderes religiosos de matriz evangélica e os representantes de militares; quais os dispositivos discursivos foram acionados, como eles se relacionaram e deram unidade aos aliados, e como a militarização e a “confessionalização da política partidária” (MACHADO, 2006) se conectaram. Para isso, tomaremos como referência analítica as campanhas dos candidatos à vereança Priscila Costa (PSC), Ronaldo Martins (Republicanos), Odécio Carneiro (Solidariedade), Cabo Sabino (Avante) e Inspetor Alberto (PROS), e do candidato à prefeito Capitão Wagner (PROS), recorrendo a Richard Miskolci (2007) para entender a ativação dos “pânicos morais” como estratégia eleitoral.

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Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação