AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE PRÓPOLIS VERMELHA NA PEROXIDAÇÃO LIPÍDICA E NOS NÍVEIS DE INTERLEUCINA-1β NO HIPOCAMPO DE CAMUNDONGOS SUBMETIDOS AO MODELO DE CONVULSÃO INDUZIDO PELA PILOCARPINA

Autores

  • Joao Victor Souza Oliveira
  • Michele Albuquerque Jales de Carvalho
  • Leonardo Peixoto Fernandes
  • Talita Matias Barbosa Cavalcante
  • Marta Maria de Franca Fonteles

Resumo

A epilepsia é uma doença que atinge cerca de 1% da população mundial e que pode levar a déficit cognitivo, disfunção neuronal, problemas comportamentais e sociais. Essa doença é capaz de gerar crises convulsivas recorrentes, onde atualmente 30 a 40% dos pacientes não respondem a nenhum tipo de terapia. Estudos prévios demonstram que a convulsão está relacionada positivamente com vias inflamatórias e pró-oxidadntes, podendo ser tanto a causa como a consequência. A própolis vermelha de Alagoas é rica em flavonoides com atividades anti-inflamatória e antioxidante comprovadas. Pesquisas anteriores comprovaram atividade neuroprotetora do extrato hidroalcoólico da própolis vermelha (EHPV). O estudo teve como objetivo avaliar o potencial neuroprotetor e anticonvulsivante do EHPV em camundongos submetidos ao modelo de convulsão induzido por pilocarpina (PILO). Camundongos Swiss machos foram pré-tratados com EHPV 10 mg/kg, via oral durante 7 dias. Meia hora após a última dose de EHPV foram induzidas as convulsões nos animais através da administração de PILO 400 mg/kg, intraperitoneal. Na análise comportamental foram avaliados os parâmetros: latência de primeira convulsão e de morte. Após os testes, o hipocampo dos animais foi dissecado para a determinação da lipoperoxidação e dos níveis de IL-1β. O projeto foi aprovado pelo CEUA da UFC sob o nº 1057050220. Os resultados demonstraram que o EHPV 10 mg/kg foi capaz de aumentar significativamente a latência de primeira convulsão e a latência de morte nos animais submetidos às convulsões. Além disso, o EHPV reduziu de forma significativa a lipoperoxidação e os níveis de IL-1β no hipocampo dos animais que receberam a PILO. Pode-se concluir que o EPHV apresentou ações anticonvulsivantes, possivelmente relacionadas às suas potentes atividades antioxidante e antiinflamatória, sugerindo que a própolis vermelha brasileira pode ser um possível agente adjuvante no tratamento da epilepsia farmacorresistente.

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Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação