DIALÉTICAS DA TRANSGRESSÃO: O MAL NA FICÇÃO DE LÚCIO CARDOSO
Resumo
Esta comunicação analisa os diferentes matizes da poética do Mal na prosa de ficção de Lúcio Cardoso (1912-1968). Para tanto, adota-se um corpus que abarca as seguintes obras literárias: Inácio (1944), O enfeitiçado (1954) e Baltazar (inconclusa), que compõem a chamada Trilogia do Mundo sem Deus, e Crônica da casa assassinada (1959). Nesse sentido, o presente estudo utiliza uma perspectiva crítico-analítica alicerçada nos fundamentos do pensamento dialógico e interdisciplinar, em virtude do imprescindível enleio entre literatura, estética, filosofia, teologia, história e psicologia. De tal modo, a natureza da pesquisa é, preponderantemente, textual, e a metodologia adotada é a comparatista. De modo preliminar, constata-se que a estetização do Mal, na prosa de ficção de Lúcio Cardoso, por meio do que é transgressivo e daquilo que, por ultrajar os valores defendidos por uma sociedade cosmopolita ou patriarcal latifundiária, os modelos de conduta social e os dogmas do cristianismo, indica o desejo de liberdade humana e uma atualização, através de metáforas, dessa aporia que tem atormentado o homem de todos os tempos. Dentro dessa perspectiva, recorre-se a diversos teóricos, a saber: Agostinho (2001), Aquino (2005), Arendt (1999), Bakhtin (2008), Bataille (2017), Bauman (2008) Beauvoir (1980), Bourdieu (2015), Burke (1993), Camus (2010), Cardoso (2013), Carroll (1999), Cohen (2000), Dumoulié (2005), França (2018), Girard (2008), Freud (2013), Hugo (2007), Kaiser (2009), Kierkegaard (2010), Lacroix (1998), Lavelle (2014), Lovecraft (2007), Nazário (1998), Nietzsche (2007), Pareyson (2012), Praz (1996), Ricoeur (2013), Sanford (1988), Todd Calder (2003) e Whitmont (1994). O autor do trabalho agradece o indispensável apoio financeiro da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico – Funcap.Downloads
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Publicado
2021-01-01
Edição
Seção
XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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