DIVERSIDADE FLORÍSTICA E ESTRUTURA FITOSSOCIOLÓGICA DE AMBIENTES COSTEIROS DA FOZ DO RIO PACOTI, CEARÁ, BRASIL

Autores

  • Samuel Trajano Rabelo
  • Mário Sérgio Duarte Branco
  • Moabe Ferreira Fernandes
  • Marcelo Freire Moro

Resumo

A vegetação litorânea cearense abrange um conjunto de fitofisionomias bastante diversificado, variando de campos e arbustais praianos, passando por florestas de tabuleiro, vegetação de dunas e florestas de manguezais. Sua flora possui espécies adaptadas às condições ambientais estressantes típicas das regiões costeiras, como altos níveis de salinidade e temperatura. Além disso, possuí espécies vegetais provenientes de diversos domínios fitogeográficos, como da Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia. Entretanto, ainda existe uma carência de estudos florísticos e estruturais nestes ambientes. Dessa forma, o presente estudo objetivou avaliar a diversidade florística e estrutura fitossociológica de ambientes costeiros presentes em uma região litorânea do Ceará. Para isso, foi realizado um levantamento florístico nos diferentes setores e sistemas ambientais (planície costeira, tabuleiros costeiros, dunas e manguezais), da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Pacoti (estado do Ceará), bem como um levantamento fitossociológico de um trecho de dunas fixas (florestas de dunas) da região. Foram inventariadas um total de 180 espécies vegetais, pertencentes a 132 gêneros e 70 famílias. Na parcela fitossociológica (0,20 ha), foram registrados 1763 indivíduos, distribuídos em 37 espécies e 23 famílias, sendo mais abundantes as espécies Eugenia luschnathiana, Monteverdia erythroxyla e Eugenia ligustrina. A área basal e densidade da comunidade foram, respectivamente, 6,956m²/ha e 8.815 indivíduos/ha, e a altura e diâmetro médio foram, respectivamente, 3,6m e 5,8cm. Apesar da alta biodiversidade, as zonas costeiras continuam passando por extensos processos de degradação ambiental. O presente estudo gerou um arcabouço de informações que poderão servir como base para futuras tomadas de decisões dentro da unidade de conservação (UC), além de aprofundar o conhecimento sobre a composição florística e estrutural da zona costeira do Ceará.

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Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação