MODELO DE SCORES COMO PROGNÓSTICO CLÍNICO PARA A REDUÇÃO DA LETALIDADE DA LEISHMANIOSE VISCERAL

Autores

  • CÁssio Marinho Campelo
  • Denis Francisco Gonçalves de Oliveira
  • Camila Fernandes
  • Luiz Carlos Albuquerque-Pinto
  • Lília Maria Carneiro Câmara
  • Lilia Maria Carneiro Camara

Resumo

INTRODUÇÃO - A Leishmaniose visceral é doença tropical negligenciada de alta endemicidade, morbidade e letalidade no Brasil. A LV não possui achados patognomônicos o que dificulta o diagnóstico precoce e favorece ao agravamento do estado clínico do paciente levando a morte se não tratada. Como forma de redução da letalidade foi desenvolvido pelo Ministério de Saúde um sistema de scores clínicos que auxiliam na identificação de pacientes que podem evoluir para um quadro clínico de maior gravidade. OBJETIVO – Comparar os modelos de prognóstico clínico por score proposto por Coura-Vital (2014) e pelo Ministério da saúde para redução da letalidade na leishmaniose visceral no Brasil. METODOLOGIA – 74 pacientes adultos com diagnósticos clínico e laboratorial atendidos no Hospital São José de doenças infecciosas foram classificados conforme dados demográficos, sinais e sintomas, perfil hematológico, e coinfecção. Os pacientes foram pontuados conforme proposto nos modelos de scores e divididos por critérios clínicos de menor ou maior gravidade. Os dados obtidos foram organizados no Prism 6 para análises em testes estatísticos. RESULTADOS – As populações com faixa etária de 19 a 50 anos (scores Coura-vital), e 50 a 65 anos (scores Ministério da Saúde) possuem maior gravidade da doença (teste chi-quadrado P= 0,027), apresentando sinais e sintomas clínicos como sangramento, edema, icterícia, coinfecção com HIV e infecções bacterianas (scores Ministério da Saúde, teste chi-quadrado P=0,016), com perfil hematológico de linfopenia grave (scores Ministério da Saúde, teste chi-quadrado P<0,0003). CONCLUSÃO – O modelo de prognóstico clínico por scores proposto pelo Ministério da Saúde identifica pacientes com maior risco de óbito e tem auxiliado por anos na conduta clínica da leishmaniose visceral no Brasil.

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Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação