MODELO EX VIVO DE FORMAÇÃO DE BIOFILME EM GARRAS DE GATO (FELIS CATUS) POR ESPÉCIES DO COMPLEXO SPOROTHRIX SCHENCKII
Resumo
A esporotricose é uma infecção subcutânea causada pela inoculação traumática de propágulos fúngicos de espécies patogênicas do gênero Sporothrix, como S. brasiliensis, S. schenckii str. s., S. globosa e S. mexicana. Atualmente, o Brasil passa por um surto de esporotricose com características únicas, com um caráter sobretudo zoonótico. A principal causa da doença são arranhões e mordidas de gatos infectados, tendo S. brasiliensis como principal agente etiológico. Recentemente a capacidade de formar biofilmes foi descrita no complexo S. schenckii. Biofilmes são comunidades microbianas associadas a superfícies bióticas e abióticas embebidas em uma matriz extracelular polimérica. Podem atuar também como fonte de infecção, em alguns casos. Apesar de membros do complexo S. schenckii terem sido isolados de garras de gatos, pouco se sabe sobre a forma como o fungo coloniza estes animais. Desta forma, o presente trabalho busca analisar a formação de biofilmes em garras de gato por espécies do complexo S. schenckii, utilizando um modelo ex vivo. Para tanto, foram utilizadas 5 cepas de S. brasiliensis, 3 cepas de S. schenckii str. s., 3 cepas de S. globosa e 3 cepas de S. mexicana, totalizando 14 cepas oriundas do banco de cepas do CEMM. Os biofilmes foram incubados nos períodos de 7 e 15 dias, a 28 °C. A formação dos biofilmes foi confirmada através de imagens de microscopia eletrônica de varredura (MEV). A atividade metabólica foi mensurada através do ensaio de redução do XTT. Todas as cepas analisadas foram capazes de formar biofilme sobre garras de gato. Biofilmes formados por S. brasiliensis e S. globosa foram os mais similares a biofilmes in vitro, apresentando grande produção de conídios. A análise da atividade metabólica mostrou que o período de 7 dias foi o tempo ótimo para produção de biofilmes ex vivo.Downloads
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Publicado
2021-01-01
Edição
Seção
XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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