O CORPO NA FANTASIA PERVERSA

Autores

  • Juliana Ribeiro Lins
  • Laeria Beserra Fontenele

Resumo

Este trabalho resume o percurso de pesquisa de Mestrado em Psicologia realizado até então, que se ocupa do estudo da estrutura perversa a partir de sua articulação com os conceitos de fantasia e corpo na psicanálise. É a partir das contribuições freudianas acerca da sexualidade humana que se pode pensar numa abordagem da perversão que não se restringe à descrição de práticas sexuais. São as concordâncias entre a sexualidade humana, enquanto perversa polimorfa, e a perversão como estrutura, que permitirão Freud (1905) propor a fantasia como o conteúdo onde se situa toda a vida sexual perversa. A importância de estudar a perversão por esta via que pressupõe sua formação inconsciente, ou seja, estudar os mecanismos em torno da saída do édipo, a fantasia que se constrói em torno da imagem do sujeito em sua formação do eu na relação especular com o outro, bem como o corpo de onde provem a exigência pulsional, contorna o objeto deste trabalho: o lugar que o corpo ocupa na fantasia perversa. Como resultado de uma pesquisa bibliográfica, delimitamos, diante das contribuições já existentes acerca da temática, estudar o lugar do corpo na fantasia perversa a partir de uma de suas modalidades, o masoquismo. Esta delimitação tem como base o que Assoun (2003) retoma, a partir de Freud, que o masoquismo evidencia a origem somática da pulsão, na medida em que a excitação experienciada na cena masoquista revela uma experimentação, ao mesmo tempo que um tensionamento entre os limites da pulsão, o psíquico e o somático. O trabalho tem como instrumento de pesquisa a Revisão Bibliográfica da teoria psicanalítica acerca da constituição da fantasia na perversão. Organizamos conforme um esquema de retomada e articulação dos conceitos centrais, tomando como base a metapsicologia freudiana, definida por Assoun (1996) como um método criado para o estudo do inconsciente a partir das dimensões tópica, dinâmica e econômica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação