O FRANKENSTEIN EXISTENCIALISTA: UMA ANÁLISE DA CONDIÇÃO HUMANA DA CRIATURA DE MARY SHELLEY PELA PERSPECTIVA SARTRIANA
Resumo
O presente estudo centra-se na análise da construção da condição humana na personagem sem nome criatura, no romance Frankenstein ou o Prometeu Moderno (1818), da autora romântica Mary Shelley, pelo viés da filosofia existencialista proposta por Jean-Paul Sartre. Deste modo, a hipótese do trabalho proposto é verificar como a busca incansável pelo autoconhecimento e entendimento da existência e da liberdade, que acompanha a personagem da criatura, pode ser lida como um conflito existencial vivenciado por ela. Através dessa reflexão, apreende-se que o abandono, a angústia e o desespero, descritos tão vivamente pela criatura de Frankenstein, são afetos necessários para seu processo de autocriação no mundo em que lhe foi imposta a existência. Para isso, a filosofia sartriana presente em suas obras O Existencialismo é um humanismo (1987) e O Ser e o nada (2013) auxilia na reflexão do caminho de autocriação da própria personagem e de como ela apreende sua liberdade nesse processo, e, por consequência, ajuda na compreensão da reflexão existencial usada pela autora como parte crucial na construção de sua identidade enquanto criatura. Repensando o indivíduo que define a sua essência através de suas escolhas e ações constantes, tem-se que a criatura de Mary Shelley representa a condição humana do indivíduo que, assim como ela, tivera sua existência forjada, para que assim existisse em liberdade.Downloads
Não há dados estatísticos.
Publicado
2021-01-01
Edição
Seção
XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.