PLATÃO EM TEMPOS DE “LIKES” - O ENSINO DE FILOSOFIA E AS RELAÇÕES HUMANAS ATRAVÉS DA OBRA O BANQUETE.

Autores

  • MÁrcia AraÚjo da Costa
  • Jose Carlos Silva de Almeida

Resumo

O presente trabalho sugere uma investigação em uma obra tão antiga como O Banquete, de Platão. Há, nesta obra, elementos suficientes para propor uma discussão atualizada acerca do amor com adolescentes do século XXI em aulas de Filosofia do Ensino Médio? Parte-se da ideia de que na referida obra há uma via filosófica universal e atemporal de raciocínios, que possibilita pensar o amor em tempo de likes (atualmente). Tal via diz respeito à noção da tensão fundamental entre carência (falta) e plenitude (excesso) e foi pesquisada a partir da análise de dois discursos do supracitado texto platônico: as falas de Aristófanes e a socrática. O primeiro, ou seja, Aristófanes, é mostrado a partir do mito do andrógino e o segundo, a saber, o discurso socrático, a partir do nascimento de eros, pulsão fundamental ao conhecimento, conforme narrado por Diotima à Sócrates. Estes elementos teóricos, que são basilares, sobremodo a fala de Sócrates suscitaram uma reflexão sobre a minha experiência como docente em sala de aula ao ministrar o tema filosófico "amor", no primeiro ano do Ensino Médio, com discentes que estão no início da adolescência. Ao expor pensamentos sobre o amor para alunos do Ensino Médio a partir de trechos da obra O Banquete procurar-se-á, sobretudo, indicar a relevância deste tema no cotidiano dos alunos. Fomentar o pensamento crítico acerca do tema ´amor´ em tempos de likes é, finalmente, a necessidade de fornecer orientação acerca de um sentimento que pode alterar e definir suas vidas.

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Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação