PROCESSO DE ENVELHECIMENTO DE MULHERES A PARTIR DE UMA ANÁLISE INTERSECCIONAL

Autores

  • Anne Joyce Lima Dantas
  • Aluisio Ferreira de Lima

Resumo

A velhice está envolvida em agenciamentos discursivos, nos quais apontam que a idade que temos está “socialmente regulada por engajamentos políticos institucionais e arranjos culturais” que mantem uma inteligibilidade do que é considerado possível ou não viver, situando cada sujeito como deve ser reconhecido e/ou citado. Esta pesquisa pretende abordar o processo de envelhecimento de mulheres a partir de uma análise interseccional, resistindo a essencialização das categorias identitárias. Objetiva-se discutir como idosas lésbicas, bissexuais, transexuais e heterossexuais vivem as suas sexualidades e negociam seus reconhecimentos identitários considerando os novos modos de visibilidade em torno do envelhecimento e das sexualidades não normativas. Discutir sobre as identidades que subvertem a imagem normativa do que é ser velho é fazer jus a importância de um olhar interseccional para trazer à tona a crítica dos privilégios, opressões e multiplicidades que envolvem configurações identitárias (NOGUEIRA, 2017). Coloca-se em questão até que ponto estamos nos propondo discutir ou promovendo a discussão crítica de subversões identitárias na velhice? A tríade gênero, sexualidade e velhice parece tensionar estruturas normativas que prescrevem significados ao envelhecimento e dialogam a partir de “uma espécie de panorama heteronormativo sobre o envelhecimento e a velhice” (HENNING, 2017), repercutindo diretamente na produção de políticas públicas para idosos. A partir dos objetivos aos quais se propõe está pesquisa, que nos convoca para uma análise empírica daquilo que estuda-se no campo teórico, traz-se a importância do uso de narrativas de histórias de vida como “ferramenta” metodológica na pesquisa interseccional. Pretende-se dar continuidade à pesquisa anteriormente realizada com mulheres idosas lésbicas, voltando-se aos tensionamentos que envolvem aspectos relativos aos laços sociais, à dominação cultural, ao sofrimento psíquico, estratégias de resistência(s) e subversão.

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Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação