REESCREVENDO O MITO: O (NÃO) TRAVESTIMENTO DE ZEUS EM UM DEUS DORMIU LÁ EM CASA, DE GUILHERME FIGUEIREDO

Autores

  • Stefanie Cavalcanti de Lima Silva
  • Ana Maria Cesar Pompeu

Resumo

Os mitos sempre foram discutidos, refletidos e recontados a priori na tradição oral e posteriormente nas artes, como a pintura, a literatura e o teatro. As musas habitam o imaginário de aedos e poetas desde os tempos mais remotos e, através do canto dessas musas, os mitos são transmitidos através dos tempos. A recepção desses mitos parece não se esgotar, atualmente – com ferramentas de streaming como a Netflix – muitas narrativas mitológicas estão sendo adaptadas em formato de séries de TV, temos o exemplo da série Troia que ganhou uma adaptação em 2018. Outra forma bastante popular, desde a antiguidade clássica greco-latina, de recepcionar esses mitos era através do teatro. Tanto na tragédia como na comédia, os mitos serviram de mote para diversas peças de teatro que, ao recontarem, contribuem para a constante revitalização e propagação desses mitos que se mantêm cada vez mais vivos a cada reconto, a cada adaptação. Autores como Eurípides, Aristófanes e Plauto, representando respectivamente a tragédia grega, a comédia antiga e a comédia nova latina, recepcionaram esses mitos dando a eles um alcance imensurável, haja vista a leitura desses textos em nossos dias. O objetivo deste trabalho é apresentar uma análise de diferentes versões do mito de origem do herói grego Hércules, especialmente a versão brasileira de autoria do dramaturgo Guilherme Figueiredo. Pontuando o que fora mantido e o que fora mudado pelo autor, como também destacando a originalidade alcançada. Esperamos com esse artigo, trazer à luz a importância desse autor para o teatro brasileiro do século XX e, de igual modo, contribuir com os estudos da recepção dos mitos e textos do período clássico.

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Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação