ADESÃO À FARMACOTERAPIA IMUNOSSUPRESSORA ENTRE PACIENTES PÓS TRANSPLANTE HEPÁTICO NO HUWC

Resumo

Introdução: O transplante hepático é um procedimento que requer do paciente aderir a um tratamento contínuo com imunossupressores para evitar a rejeição do enxerto, sendo o transplante não uma cura mas uma condição crônica, mas que melhora a qualidade de vida do paciente. Objetivo: Analisar a adesão de pacientes atendidos no Ambulatório de Transplante de Fígado do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC-UFC). Metodologia: Estudo descritivo realizado com paciente em atendimento regular no Ambulatório HUWC, entre 18 e 75 anos de idade, em fase pós transplante hepático recente. Os dados foram coletados entre julho de 2019 e fevereiro de 2021, através de entrevista e preenchimento do questionário Brief Medication Questionnary (BMQ) para análise da adesão. O período caracterizado como pós operatório recente (POR) neste trabalho, compreende o tempo entre 40 dias a 6 meses do transplante. Resultados: Foram coletadas as informações de entrevistas de 36 pacientes. A análise das informações mostrou a prevalência de pacientes em situação de baixa adesão (50%), sendo caracterizados como “não adesão” segundo o BMQ. Nos domínios analisados no questionário; os domínios “Regime” e “Crenças” apresentaram 53,3% e 46,7%, respectivamente, de resultados positivos para barreiras de adesão e o domínio “Recordação” foi que apresentou resultados mais expressivos, com 93,4% de barreiras de adesão. Conclusão: A adesão é um processo multifatorial complexo e o período POR é caracterizado por intensas mudanças do estilo de vida que podem dificultar a adesão ao tratamento. Um fator que pode afetar a adesão é recordar a polifarmácia visto que, normalmente, o tratamento compreende múltiplos medicamentos, segundo entrevistas. Agradecemos à UFC pelo financiamento do projeto.