ANÁLISE DO POTENCIAL EFEITO NEFROPROTETOR DO COMPOSTO METILSULFONILMETANO (MSM) NA LESÃO RENAL INDUZIDA POR VANCOMICINA EM CAMUNDONGOS

Resumo

A vancomicina (VCM) é um antibiótico glicopeptídeo comumente utilizado contra cocos Gram-positivos resistentes à meticilina e a sua utilização tem sido associada a lesão renal aguda (LRA), tornando-se assim, um importante problema clínico. Estudos em animais sugerem que o estresse oxidativo é um dos mecanismos responsáveis pela sua fisiopatogênese e que o uso de antioxidantes poderia prevenir o dano renal. Nessa perspectiva, o composto metilsulfonilmetano (MSM), organossulfurado natural utilizado como suplemento dietético, vem apresentando efeitos protetores contra vários distúrbios graças às suas propriedades antioxidantes, podendo assim exercer um efeito nefroprotetor. O presente trabalho tem como objetivo investigar o potencial terapêutico do composto MSM na lesão renal induzida por VCM. Foram utilizados camundongos Swiss machos, divididos nos seguintes grupos experimentais (n=8 por grupo): controle (CT), Lesão (VCM) e tratamento com MSM (VCM+MSM), administrados por via oral (gavagem) nas doses 500mg/kg uma e duas vezes ao dia e 750mg/kg, duas vezes ao dia por 5 dias, 1h e 2h horas após administração de VCM. A LRA foi induzida por VCM na dose de 400mg/kg/dia por 5 dias. Percorrido período experimental, realizou-se a coleta de amostras de urina de 24h para os ensaios bioquímicos, em seguida, os animais foram eutanasiados para coleta de rins e amostras de plasma para dosagem de ureia, creatinina sérica e determinação de peso renal. A dose de 500mg/kg duas vezes ao dia (1g/Kg ao dia) se mostrou efetiva na redução dos parâmetros de uréia, creatinina e peso renal (p<0,05 em comparação ao grupo lesão), resultado esse não observado nas demais doses de MSM analisadas. Conclui-se que o MSM foi capaz de atenuar os parâmetros bioquímicos avaliados, mas vale ressaltar a necessidade de outras análises confirmatórias que demonstre esse impacto na função renal. Ademais, agradecimentos ao CNPq e a UFC pelo apoio e incentivo financeiro investidos nesse estudo.