OS CONCEITOS DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Resumo

INTRODUÇÃO: As discussões acadêmicas sobre gênero vêm sendo abordadas principalmente através de concepções culturalistas e pós-construtivistas. Entretanto nota-se ainda a presença de embates e manutenção de certas opressões, nas aulas de Educação Física (EF) no âmbito escolar, através de um currículo oculto (MARRERO, 2010). OBJETIVOS: i) Apresentar conceitos que explicam a manutenção dessas opressões; ii) Apontar possibilidades de estratégias pedagógicas combativas. METODOLOGIA: Trata-se de um trabalho de aproximações conceituais acerca da temática de gênero na EF com os elementos teóricos das relações com os saberes (CHARLOT, 2000). RESULTADOS: A partir do levantamento teórico, percebeu-se a existência do currículo implícito que acarreta na manutenção de desigualdades de gênero, apesar de a escola querer mostrar-se como um ambiente com estatutos de aprendizagem igualitários. Ademais, percebeu-se a permanência da interpretação binária dos corpos nas aulas de educação física, atrelando certas características socialmente opostas, aos corpos e a determinadas modalidades, reforçando assim, os marcadores de estereótipo de gênero (VASCONCELOS e FERREIRA, 2020). Por fim, foi identificada a existência do “Aprendizado da Separação” (AUAD, 2004) em que os processos de aprendizagem são realizados separadamente, ou de forma mista com uma visão capacitista sobre os corpos femininos. CONCLUSÃO: Percebendo que a escola, continua atuando como um instituto de reprodução (BOURDIEU e PASERON, 2009), é necessário estabelecer estratégias pedagógicas com vertentes feministas. Estimulando um ensino baseado no diálogo, não comparativo, e que desmistifique papéis de atuação, a fim de contemplar as interseccionalidades, abarcando a pluralidade dos(as) estudantes. Agradecimento à Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico.