TRAÇÃO DA MAXILA APOIADA EM MINI-IMPLANTES: ASPECTOS TÉCNICOS E CLÍNICOS

Resumo

A má oclusão de Classe III de Angle, seja associada à condição de retração de maxila, ao retrognatismo mandibular ou à combinação das duas condições, tem sido considerada a mais desafiadora em Ortodontia. O tratamento na fase de crescimento tem se mostrado eficaz quando aplicada a tração reversa com a prévia expansão rápida da maxila. Este tratamento, porém, apresenta efeitos colaterais, sobretudo por usar ancoragem dentária. A expansão rápida e a tração reversa da maxila ancorada em mini-implantes tem se mostrado eficaz no tratamento da má oclusão de Classe III. Muitos e diferentes protocolos de tratamento tem sido apresentados na literatura científica, sendo alguns bastante complexos e onerosos. O presente trabalho tem os objetivos de apresentar o protocolo de tratamento ortopedicofacial, instituído no projeto de pesquisa associado ao projeto de extensão Liga do Arame do Curso de Odontologia da Universidade Federal do Ceará, e de confrontar alguns aspectos apresentados na literatura, por meio de uma revisão narrativa, mais especificamente em relação ao tipo de mini-implante, o tipo de máscara facial e ao tipo e protocolo de expansão rápida da maxila. Dentre as principais diferenças, na técnica de construção do parafuso de Hyrax híbrido são soldados aos dois braços anteriores do parafuso de Hyrax dois fios de diâmetro 1,2mm. Foi possível concluir que os procedimentos técnicos-laboratoriais seguidos passo a passo, bem como protocolos de uso clínico usados no presente trabalho, tem sido considerados simples, grande aplicabilidade e de baixo custo, sobretudo quando comparados com alguns métodos sofisticados que utilizam a tecnologia CAD-CAM e soldagem a laser. A máscara de Delaire, dois miniparafusos palatinos e o parafuso de Hyrax foram os mais frequentemente usados. Não houve predileção quanto ao protocolo de ativação do parafuso de Hyrax.