A AFETIVIDADE DO COORDENADOR PEDAGÓGICO EM TEMPOS DE ENSINO REMOTO: O CUIDADO DE SI E DOS OUTROS

Resumo

O trabalho tem como objetivo analisar os desafios enfrentados pelos coordenadores pedagógicos em tempos de ensino remoto nas escolas públicas municipais de Fortaleza, refletindo sobre as questões socioemocionais enfrentadas por esse profissional nesse momento de crise na saúde pública. Para tanto, buscamos compreender a mediação entre o coordenador pedagógico e a comunidade escolar em que o mesmo encontra-se inserido. Para alcançar o nosso objetivo, utilizamos a abordagem qualitativa respaldada em pesquisas bibliográficas, documentais e, para a coleta de dados, questionários semiestruturados com sete coordenadores(as) da rede pública municipal de ensino. Essa pesquisa fomentou discussões acerca da mediação da coordenação pedagógica no contexto da pandemia nas relações interpessoais entre a escola e a comunidade escolar, que influenciam nos processos do ensinar e do aprender dos sujeitos aprendentes. Como resultado parcial, a pesquisa apontou para a necessidade de considerar os educandos de forma integral, e o coordenador pedagógico como sujeito interrelacional, em que a afetividade é uma necessidade existencial para a sua função na escola, sendo o cuidado emocional com todos os sujeitos escolares, uma das atribuições mais importante, relatadas pelos pesquisados. O que nos faz concluir, acerca da necessidade de compreendermos o coordenador como mediador das dimensões sociais, afetivas, emocionais e conteudistas na continuidade dos processos do ensinar e do aprender, possibilitando a construção de alternativas dialéticas para mediar o ensinar com o cuidado de si e dos outros.