A PRESENÇA DE POLIMORFISMO PARA A CITOCINA TGF-Β ESTAR ASSOCIADA AO AUMENTO DA PARASITEMIA NA LEISHMANIOSE VISCERAL

Autores

  • CÁssio Marinho Campelo
  • Denis Francisco Gonçalves de Oliveira
  • Camila Fernandes
  • Luiz Carlos Albuquerque-Pinto
  • Lilia Maria Carneiro Camara

Resumo

A leishmaniose visceral é uma doença tropical negligenciada com sérios impactos na saúde mundial. No Brasil, a doença é reportada em 24 unidades federativas, apresentado alta letalidade associada a modulação do sistema imune e alterações genéticas nos pacientes, que podem favorecer a quadro clínico de maior gravidade. O presente estudo buscou avaliar o polimorfismo genético para as citocinas TGF-β e IL-6 e sua relação com a carga parasitária e gravidade da doença. Foram as analisados o polimorfismo dos genes TGF-β(-509 C/T) e IL-6 (-174 G/C) através da técnica de PCR-RFLP em 74 pacientes diagnosticados com leishmaniose visceral. A quantificação da carga parasitária foi efetuada através da técnica de qPCR-real time e classificação de gravidade através do modelo de escores clínicos proposto pelo Ministério da Saúde. A leishmaniose visceral apresentou maior gravidade em 33 pacientes e com menor gravidade em 41 pacientes. Os pacientes apresentaram quadro clínico de icterícia, insuficiência renal, contagem de leucócitos inferior a 1500 células/mm3, e contagem de plaquetas inferior a 50000/mm3. Pacientes graves apresentam uma média de 12886 leishmanias/mL de sangue e de 42683 leishmanias/mL de medula, enquanto paciente não graves apresentam média de 3966 leishmanias/mL de sangue e de 252936 leishmanias/mL de medula. Foi observado aumento no número de parasitos no sangue sugerindo facilitar a infecção em flebotomíneos no repasto sanguíneo em indivíduos doentes. Pacientes que apresentaram polimorfismo de produção para a citocina TGF-β possuem maior carga parasitária em amostra de sangue e medula, sugerindo uma imunoregulação com alta produção de TGF-β por linfócitos Treg na medula e estabilização do número de parasitos nos casos de maior gravidade. Os resultados demostram que a associação da presença de polimorfismo para a citocina TGF-β, pode ajudar a persistência do parasito em pacientes com leishmaniose visceral.

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Publicado

2021-01-01

Como Citar

Marinho Campelo, C., Francisco Gonçalves de Oliveira, D., Fernandes, C., Carlos Albuquerque-Pinto, L., & Maria Carneiro Camara, L. (2021). A PRESENÇA DE POLIMORFISMO PARA A CITOCINA TGF-Β ESTAR ASSOCIADA AO AUMENTO DA PARASITEMIA NA LEISHMANIOSE VISCERAL. Encontros Universitários Da UFC, 6(3), 1928. Recuperado de https://periodicos.ufc.br/eu/article/view/75051

Edição

Seção

XIV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação