AVALIAÇÃO DO HIPOTIREOIDISMO EM PACIENTES COM LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA EM USO DE INIBIDORES DE TIROSINA QUINASE: ASSOCIAÇÃO COM MARCADORES DE ANGIOGÊNESE.

Autores

  • Lais Farias Masullo
  • Tarcísio Paulo de Almeida Filho
  • Pedro Aurio Maia Filho
  • Anna Thawanny Gadelha Moura
  • Manoel Ricardo Alves Martins
  • Romelia Pinheiro Goncalves Lemes

Resumo

A Leucemia Mieloide Crônica (LMC) é uma neoplasia mieloproliferativa clonal das células tronco hematopoiéticas, sendo o tratamento com os Inibidores de Tirosino-quinase (ITK), o qual tem se mostrado resposta duradoura. No entanto, tem-se observado a ocorrência de efeitos colaterais associados à terapia, dentre eles está o hipotireoidismo. O hipotireoidismo é uma complicação com potencial impacto clínico, uma vez que está associado ao aumento da mortalidade. O estudo teve como objetivo avaliar o hipotireoidismo em pacientes com LMC tratados com os ITKs e associar com marcadores de angiogênese. Trata-se de um estudo transversal com 60 pacientes com diagnóstico de LMC, no ambulatório de hematologia HUWC. O grupo controle foi composto de 20 indivíduos saudáveis. Foram analisados as dosagem de TSH, T4L, T3T e de VEGF. Os dados clínicos e laboratoriais foram obtidos dos prontuários médicos. A análise estatística foi realizada através do Programa GraphPad Prism 6.0 sendo considerados resultados estatisticamente significantes com valores de p <0,05. Os pacientes apresentaram média de idade de 49 ± 21,33 anos e a maioria (67%; N=8) pertence ao sexo masculino. Observou-se presença de hipotireoidismo em 20% (12/60), com maior prevalência no sexo masculino e uma correlação entre TSH e tempo de tratamento em pacientes com LMC e hipotireoidismo. Ao avaliar a curva de sobrevida livre de eventos, observou-se que o hipotireoidismo ocorreu em maior frequência em pacientes que faziam uso de ITK há mais de 12 meses. Observamos maiores níveis de VEGF sérico na LMC quando comparamos os pacientes do grupo controle. No entanto, ao compararmos os níveis séricos de VEGF entre o grupo com LMC e hipotireoidismo e o grupo com LMC eutireoideu, não se observou diferença entre eles, nem quando analisados em relação ao tipo de ITK utilizado. Conclui-se que o uso dos ITKs está associado com o hipotireoidismo subclínico em pacientes com LMC. O presente trabalho foi realizado com o auxílio da CAPES.

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Publicado

2021-01-01

Como Citar

Farias Masullo, L., Paulo de Almeida Filho, T., Aurio Maia Filho, P., Thawanny Gadelha Moura, A., Ricardo Alves Martins, M., & Pinheiro Goncalves Lemes, R. (2021). AVALIAÇÃO DO HIPOTIREOIDISMO EM PACIENTES COM LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA EM USO DE INIBIDORES DE TIROSINA QUINASE: ASSOCIAÇÃO COM MARCADORES DE ANGIOGÊNESE. Encontros Universitários Da UFC, 6(3), 2018. Recuperado de https://periodicos.ufc.br/eu/article/view/75141

Edição

Seção

XIV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação