O SOL DE MEURSAULT: A TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA DO SIGNO SOLAR DE O ESTRANGEIRO, DE ALBERT CAMUS, PARA O CINEMA E OS QUADRINHOS
Resumo
O romance O estrangeiro, publicado por Albert Camus em 1942, foi adaptado para o cinema uma única vez pelo cineasta italiano Luchino Visconti, em 1967. Em 2013, o artista francês Jacques Ferrandez adaptou o texto de Camus para os quadrinhos. Nas três obras, prevalece a figura do sol como elemento central e catalisador dos atos e sentimentos do protagonista. Este trabalho se propõe a analisar a tradução intersemiótica realizada nas obras de Visconti e Ferrandez para o signo solar e seus índices — o calor, o suor, a luz — a partir do romance de Camus e o modo como tais elementos se configuram como signos do mal-estar do personagem em sua trajetória de confusão e dúvida existencial. A realização deste trabalho compreende etapas de pesquisa bibliográfica referente aos estudos de tradução e adaptação, com destaque para Plaza (2003), Saito (2010) e Hutcheon (2011), seleção dos trechos a serem analisados no romance, no filme e nos quadrinhos, contextualização sobre a evolução interna dos personagens e análise da simbologia do signo solar para as três versões. Após o cotejo entre as obras, observou-se que as duas traduções fazem opções estéticas que reforçam a importância do sol em sua presença narrativa constante e que os meios escolhidos para retratar as emoções do protagonista têm relação direta com a intensidade desse elemento, tornando-o signo fundamental para a compreensão dos fluxos internos do personagem.Downloads
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Publicado
2021-01-01
Como Citar
Nogueira Santana Ii, J., & Carlos Costa, W. (2021). O SOL DE MEURSAULT: A TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA DO SIGNO SOLAR DE O ESTRANGEIRO, DE ALBERT CAMUS, PARA O CINEMA E OS QUADRINHOS. Encontros Universitários Da UFC, 6(3), 2266. Recuperado de https://periodicos.ufc.br/eu/article/view/75389
Edição
Seção
XIV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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