POBREZA, INFÂNCIA E IMPLICAÇÕES PSICOSSOCIAIS EM DIALOGOS COM DECOLONIALIDADE

Resumo

A pobreza caracteriza-se pelo seu viés multidimensional que envolve a falta de acesso a saúde, moradia, alimentação adequada, a teto ou educação e é compreendida através de uma constituição social, política e ideológica. A pobreza é concebida como realidade e intensificada a partir do período colonial, e esta realidade interfere diretamente nos modos de viver e se organizar das crianças. O presente estudo propõe-se a realizar uma analise das implicações psicossociais da pobreza com crianças a partir das suas percepções da realidade. Serão utilizados aportes da psicologia social comunitária brasileira e latino- americana que trata das relações entre crianças, pobreza e implicações psicossociais, e em seus diálogos transdisciplinares com autores Pós/De-coloniais, como, Spivak, Fels Borba, Quijano dentre outras/os. Aponta como objetivo geral: Analisar as implicações psicossociais da pobreza junto com as crianças da Estrada velha em Acarape-CE. E objetivos específicos: Conhecer os modos de vida dessas crianças em situação de pobreza e suas práticas de resistência a partir de suas realidades; Tem-se como proposta metodológica a pesquisa ação participante. Se concretizando através de visitas de campo caracterizando pela inserção comunitária. A pesquisa ação participante envolve uma implicação do pesquisar com as dinâmicas estudadas, uma posição explicita em favor dos povos subalternos. É pesquisar no processo, é contar com participação e a ação dos sujeitos. Assim, partindo de uma análise crítico-reflexiva proposta por Minayo em que usaremos como ferramenta os diários de campo e entrevistas. Espera-se que a partir deste projeto possa-se contribuir para a visualização de grupos minoritários em situações de opressão na tentativa de compreender vivências de crianças em situação de pobreza, havendo um compromisso ético político possibilitando que os excluídos e invisibilizados possam ocupar seus espaços.