QUANTIFICAÇÃO DA CARGA VIRAL DO IMNV EM DIFERENTES TECIDOS DO CAMARÃO LITOPENAEUS VANNAMEI

Autores

  • Jhonatas Teixeira Viana
  • Juliana Oliveira de Freitas
  • Luiz Fagner Ferreira Nogueira
  • Rodrigo Maggioni
  • Rafael dos Santos Rocha

Resumo

A carcinicultura é um dos ramos de maior crescimento dentro da aquicultura mundial. Dentre as principais espécies cultivadas, o destaque é para o camarão Litopenaeus vannamei. Contudo, apesar dos aspectos positivos, os cultivos são seriamente afetados por diversas patógenos. Dentre estes, o Vírus da Mionecrose Infecciosa (IMNV), se caracteriza como um agente de alta virulência, ocasionando mortalidades entre 40-70% em poucos dias e danos econômicos e ambientais. Em virtude do exposto, há uma preocupação constante em avaliar o quadro sanitário dos cultivos. O diagnóstico, recomendado pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE), é feito por PCR em tempo real, a partir do material genético extraído das brânquias, hemolinfa, pleópodos e músculo. Dito isso, o presente trabalho se propôs a avaliar o rendimento de extração em diferentes tecidos, incluindo os recomendados pela OIE, além de avaliar a quantificação da carga viral nestes, a fim de se verificar as melhores amostras para fins de diagnóstico. Foram coletados aleatoriamente 5 camarões, oriundos dos cultivos do Centro de Estudos em Aquicultura Costeira (CEAC) da UFC; os animais foram dissecados e seus tecidos avaliados quanto a da carga viral. Como resultados, o RNA, em ng/mL, para os tecidos de pleópodos, músculo, brânquias, intestino, hepatopâncreas, hemolinfa e pool foi 464,2, 776,7, 234,3, 119,1, 665,6, 94,8 e 1163,2, respectivamente; e a carga viral, em cópias virais/µg de RNA, 5,76 x 10², 1,74 x 10³, 9,14 x 10², 6,67 x 10¹, 4,50 x 10², 5,02 x 10² e 4,72 x 10², para os mesmos respectivos tecidos. Como conclusão, embora os tecidos tenham diferentes rendimentos de extração, a quantificação de IMNV se mostrou homogênea entre as amostras, após a padronização. Além disso, os dados corroboram com a OIE, uma vez que os tecidos com maior carga viral absoluta estão entre os recomendados pelo Órgão.

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Publicado

2021-01-01

Como Citar

Teixeira Viana, J., Oliveira de Freitas, J., Fagner Ferreira Nogueira, L., Maggioni, R., & Rocha, R. dos S. (2021). QUANTIFICAÇÃO DA CARGA VIRAL DO IMNV EM DIFERENTES TECIDOS DO CAMARÃO LITOPENAEUS VANNAMEI. Encontros Universitários Da UFC, 6(3), 2327. Recuperado de https://periodicos.ufc.br/eu/article/view/75450

Edição

Seção

XIV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação