TERRITÓRIO, DOENÇAS NEGLIGENCIADAS E AÇÃO DE AGENTES COMUNITÁRIOS E DE COMBATE A ENDEMIAS

Autores

  • Gabriela Soledad Mardero Garcia
  • Eliana Amorim de Souza
  • Vigna Maria de Araújo
  • Maria Cristina Soares Guimarães
  • José Alexandre Menezes da Silva
  • Alberto Novaes Ramos Junior

Resumo

OBJETIVO: Caracterizar conhecimentos, práticas e experiência profissional de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Controle de Endemias (ACE) sobre hanseníase e doença de Chagas (DC) durante participação em oficina de formação integrada no projeto IntegraDTNs-Bahia. MÉTODOS: Estudo de caso descritivo e exploratório, envolvendo ACS e ACE, participantes de oficina de formação sobre o papel compartilhado destes profissionais no processo de vigilância e atenção à saúde. Projeto desenvolvido nos municípios de Anagé, Tremedal e Vitória da Conquista, Sudoeste do Estado da Bahia, 2019 - 2020. Aplicou-se instrumento específico prévio com questões relativas a conhecimento e práticas de vigilância e atenção para hanseníase e DC. Análise descritiva dos dados, além de consolidação da análise léxica. RESULTADOS: Do total de 135 participantes (107 ACS e 28 ACE), 80,7% deles atuam há pelo menos 12 anos, sem participação prévia em processos de formação conjunta. Apenas 17,9% dos ACE relataram ter participado de capacitações sobre hanseníase e nenhum informou desenvolver ações específicas de controle da doença. Para a DC, 36,4% dos ACS participaram de capacitações há mais de uma década, enquanto que para 60,7% dos ACE a última capacitação foi realizada nos últimos 5 anos. O desenvolvimento de ações educativas para DC foi mais frequente para ACE (64,3%). Quando perguntados sobre formas de reconhecimento das doenças, a palavra “manchas na pele” foi a mais relatada (38 vezes) para hanseníase e para a DC a palavra “não sei” (17 vezes). CONCLUSÃO: Os processos de atuação de ACS e ACE em realidades endêmicas para hanseníase e DC no interior da Bahia revelaram-se desintegrados nos territórios. Para estas doenças, reforça-se o distanciamento entre ações de vigilância e de atenção à saúde, inclusive nos processos de capacitação. Reitera-se a importância de ações inovadoras de educação permanente de modo integrado para promover de fato mudanças nas práticas.

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Publicado

2021-01-01

Como Citar

Soledad Mardero Garcia, G., Amorim de Souza, E., Maria de Araújo, V., Cristina Soares Guimarães, M., Alexandre Menezes da Silva, J., & Novaes Ramos Junior, A. (2021). TERRITÓRIO, DOENÇAS NEGLIGENCIADAS E AÇÃO DE AGENTES COMUNITÁRIOS E DE COMBATE A ENDEMIAS. Encontros Universitários Da UFC, 6(3), 2380. Recuperado de https://periodicos.ufc.br/eu/article/view/75503

Edição

Seção

XIV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação