AS MUDANÇAS DE EXPECTATIVA DE VIDA NA TÁBUA BR-EMSSB E SEUS IMPACTOS ATRAVÉS DE UMA SIMULAÇÃO DE RENDA VITALÍCIA

Resumo

Em julho de 2021 foi disponibilizada a tábua de mortalidade BR-EMS 2021 (Experiência do Mercado Segurador brasileiro. Essa tábua, que teve sua estimativa inicial em 2010, é estimada para os produtos com cobertura de sobrevivência (EMsb) e morte (EMSmt) e amplamente utilizada na precificação de produtos de seguro e rendas. Tendo isso em vista, este trabalho tem o objetivo de comparar as mudanças mais relevantes entre as tábuas BR-EMSsb dos anos 2010, 2015 e 2021, por meio de uma simulação do prêmio único, na idade de 65 anos, de uma renda vitalícia. Tendo as tábuas BR- EMSsb como base, um indicador relevante para precificação e análise demográfica da população é a expectativa de vida, que ao nascer nas tábuas de 2010, 2015 e 2021, foram respectivamente de 81,8, 82,3 e 81,5 para homens e 87,2, 87,7 e 86,9 para mulheres, e a expectativa de vida na idade 65 de 21,4, 20,9 e 20,5 para homens e 24,7, 24,9 e 24,5 para as mulheres. Em uma simulação de uma renda de R$ 1.000 vitalícia antecipada, na idade 65, com taxa de juros de 6% ao ano, os prêmios puros esperados utilizando as tábuas BR-EMSsb 2010, 2015 e 2021, foram respectivamente R$ 11.876,18, R$ 11.799,83 e R$ 11.652,01 na tábua masculina e R$ 12.903,94, R$ 12.953,39 e R$ 12.782,25 na tábua feminina; É possível observar que as rendas utilizando a tábua mais recente, apresentam valores de prêmio menor, isso é diretamente relacionado a menor expectativa de vida da tábua, dado que é esperado que o indivíduo viva por menos tempo para receber a renda. Logo, devido a tábua BR-EMSsb 2021 apresentar um cenário de aumento de probabilidade de morte e redução das expectativas de vida, observou-se um efeito redutor na precificação dos produtos de rendas. É importante salientar que outros fatores estão envolvidos no cálculo dos valores de produtos de renda, tais como, rentabilidade do mercado financeiro e carregamentos diversos sobre o prêmio.