USO DA REDE DE DESCANSO COMO RECURSO TERAPÊUTICO PARA DOR E ESTRESSE EM PREMATUROS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Autores

  • Ines Maria Bessa Facundo
  • Lícia Nair Matos Muniz
  • Riany de Sousa Sena
  • Fabiane Elpidio de Sa Pinheiro

Resumo

INTRODUÇÃO: Em virtude dos inúmeros procedimentos dolorosos e estressantes aos quais os prematuros são submetidos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), torna-se necessário a utilização de técnicas humanizadas que visem minimizar esse contexto tóxico, o qual pode interferir severamente no desenvolvimento. Dessa forma, surge o uso da rede de descanso, um recurso terapêutico que visa proporcionar aos recém nascidos uma melhor qualidade de vida no período neonatal. OBJETIVOS: Compreender e analisar as atuais evidências científicas relacionadas ao uso da rede de descanso como recurso terapêutico em prematuros e sua influência sobre as dores e o estresse dessa população. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão de literatura baseada em nove artigos publicados nos últimos 5 anos, a partir dos descritores: Recém-nascido, Prematuro, Dor, Estresse, Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, Posição Hammock, Rede de descanso, nas bases de dados Google Acadêmico, PEDRo e PubMed. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os achados mostram que grande parte dos estudos observaram efeitos positivos da rede a nível de sinais vitais, redução de dor e promoção do sono-vigília, os quais decorrem do fato desta intervenção simular o ambiente intrauterino, sendo de baixo custo e de fácil aplicação, assim como é considerada uma estratégia de humanização dentro da UTIN. Entretanto, os resultados apontam a uma escassez de evidências científicas para a indicação do uso desta técnica, pois, apesar de ser constatado clinicamente os benefícios proporcionados, ainda há necessidade de novos estudos com metodologias criteriosas. CONCLUSÃO: O posicionamento da rede melhora alguns parâmetros clínicos nos prematuros, porém a baixa qualidade metodológica dos estudos selecionados torna os resultados relatados inconsistentes. Assim, novos ensaios clínicos randomizados são necessários para confirmar esses achados terapêuticos, a fim de avaliar se há evidências suficientes para recomendar esse método na UTIN.

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Publicado

2022-01-01

Edição

Seção

XV Encontro de Experiências Estudantis