A CAPOEIRA E DISPUTA PELO SENTIDO DE SER BRASILEIRO

Autores

  • Diego Bezerra Belfante
  • Franck Pierre Gilbert Ribard

Resumo

Durante muito tempo a capoeira não foi objeto de estudo da historiografia. Quem se ocupou dos estudos sobre a capoeira foram folcloristas e etnógrafos. Academicamente quem primeiros se detiveram ao estudo da capoeira foram a Educação Física e as Artes Cênicas. No campo das ciências sociais foram a antropologia e a sociologia que buscaram estudar o fenômeno da capoeira. A História começou timidamente a manifestar interesse pela capoeira no final da década de 1980. Aparecendo primeiramente de forma secundária, mas o trabalho que foi um marco nos estudos sobre a capoeira pela historiografia foi a dissertação (1993) de Carlos Eugênio Líbano Soares, A Negregada Instituição: os capoeiras na Corte Imperial 1808-185. Hoje passado quase três décadas desse trabalho seminal o estudo sobre a capoeira está consolidado. Muitos capoeiristas nas últimas décadas ingressaram no mundo acadêmico realizando pesquisas voltadas a compreensão do fenômeno social que é a capoeira. Sendo essa também a realidade de quem escreve esse texto. Dito isso, esse trabalho tem como objetivo compreender como se davam as dinâmicas socioidentitárias e de legitimação no interior da comunidade dos capoeiristas. Bem como os mestres de capoeira participavam ou não nas disputas entorno dos sentidos do ser brasileiro e na construção da identidade nacional entre as décadas de 1930 a 1950 utilizando como fontes as cantigas de roda de capoeira e os registros fotográficos dos mestres de capoeira.

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Publicado

2022-01-01

Edição

Seção

XV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação