ALTERAÇÕES NO HEMOGRAMA EM PACIENTES COM COVID-19: REVISÃO DA LITERATURA
Resumo
A infecção pelo COVID-19 (SARS-CoV-2) surgiu em dezembro de 2019, sendo declarada como pandemia em março de 2020. O vírus SARS-CoV-2 tem como principal sítio de infecção o trato respiratório, no entanto, possui caráter multissistêmico, apresentando assim manifestações em outros sistemas com diversos achados clínicos e laboratoriais em cada um deles. Dentre eles, estão as manifestações no sistema hematopoiético, gerando diversas alterações hematológicas em pacientes com COVID-19. O objetivo deste trabalho foi analisar na literatura as principais alterações hematológicas presentes em pacientes com COVID-19. Foram consultadas as bases de dados PUBMED e Google Scholar utilizando os descritores: “COVID-19”, “SARS-CoV-2”, , “Alterações hematológicas” e "hemograma". Houve a seleção de artigos em português ou inglês publicados entre 2020 e 2022. Dentre as alterações podemos elencar a anemia normocítica e normocrômica de grau variado. A leucocitose que pode ser explicada primariamente pela neutrofilia, podendo também cursar com leucopenia. A linfopenia constitui-se como alteração muito comum na COVID-19, sendo considerada como um preditor de evolução para quadro grave. Diversos estudos também demonstraram uma associação entre trombocitopenia e gravidade de infecção pelo SARS-CoV-2. Alterações morfológicas e displasicas nas células sanguíneas periféricas (hemácias, leucócitos e plaquetas), assim como reação leucoeritroblástica e reação leucemóide foram reportadas na COVID-19.Conclui-se que as alterações hematológicas detectadas no hemograma são de natureza quantitativa e/ou qualitativas e que se associam na sua grande maioria com a gravidade da doença.Downloads
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Publicado
2022-01-01
Edição
Seção
XXXI Encontro de Iniciação à Docência