ANÁLISE DESCRITIVA DE PACIENTES GRAVES DE COVID-19 EM UTI, SEGUNDO DESFECHO CLÍNICO

Autores

  • Artur Fontenelle Lima Montenegro
  • Polianna Albuquerque
  • Sandra Mara Basileiro
  • Gdayllon Cavalcante Meneses
  • Juliana Navarro Ueda Yaochite

Resumo

A doença do coronavírus de 2019 (COVID-19) é uma doença infecciosa causada pelo SARS-CoV-2. Essa doença possui mais de 600 milhões de casos confirmados, tendo causado mais de 6 milhões de mortes mundialmente, segundo a Organização Mundial de Saúde. Esse estudo tem como finalidade analisar e distinguir diferentes características entre pacientes de COVID-19 em UTI do hospital IJF que se recuperaram e receberam alta dos pacientes que progrediram para óbito. Sendo assim, foram coletadas 82 amostras desses pacientes, assim como seus dados em prontuários virtuais, entre o período de janeiro a maio do ano de 2021. Dentre esses, 59,7% obtiveram alta e 40,3% evoluíram para óbito. Os pacientes do sexo masculino foram mais prevalentes tanto no geral, 61%, quanto em ambos os desfechos analisados, sendo presentes em 57,1% no grupo de alta e 66,6% no grupo de óbito. O grupo etário mais predominante foi de pacientes com idade ≥ 60 anos, representando 51,2% dos pacientes em geral, 44,9% no grupo de alta e 60,6% no grupo de óbito. Dentre as comorbidades apresentadas pelos pacientes, a hipertensão arterial sistêmica (HAS), a obesidade e a diabetes foram as mais encontradas, representando 43,9%, 37,8% e 29,2%, respectivamente, dos pacientes. Foram observados números similares no grupo de alta, mas a comorbidade mais frequente foi a obesidade (42,8%), seguida pela HAS (40,8%) e pela diabetes (30,6%). Já o grupo de óbito apresentou um aumento significativo em pacientes com cardiopatia (21,2%) em relação ao grupo de alta (6,1%). No geral, a maioria dos pacientes demonstraram dessaturação (51,2%). Entre os grupos, destaca-se os sintomas neurológicos (28,5%) em pacientes com alta, enquanto dessaturação (45,4%) e sintomas gástricos (27,2%) foram mais frequentes no grupo de óbito. Portanto, esses dados indicam uma maior gravidade para homens, pessoas com mais de 60 anos e que apresentam HAS, obesidade ou diabetes. Agradecimentos à CAPES e à empresa JBS, órgãos financiadores desse trabalho.

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Publicado

2022-01-01

Edição

Seção

XV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação